O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), voltou a afirmar que terá um papel ativo nas eleições presidenciais de 2026, mas destacou que não tem ambições pessoais de ser candidato.
Durante um balanço sobre sua gestão em 2024, nesta sexta-feira (13), Zema declarou que prefere apoiar um nome alinhado à direita do que disputar o cargo. Contudo, ele admitiu que poderá se lançar na corrida presidencial, caso seja escolhido como representante desse campo político.
Além disso, Zema fez críticas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele acusou o governo federal de priorizar projetos que atendem apenas interesses de um grupo político e apontou a situação financeira do país como reflexo de políticas ineficazes. Por isso, segundo ele, nas próximas eleições, vai atuar para fortalecer a direita.
“Eu não tenho nenhuma pretensão pessoal. Eu, particularmente, até gostaria mais de estar apoiando do que sendo [o candidato]. Mas, para mim, missão dada é missão cumprida. Vou trabalhar com o maior empenho, porque tenho certeza de que o governo que estamos tendo hoje é irresponsável nos gastos e não tem nenhum projeto de futuro para o Brasil. O projeto deles é para o partido deles, para a turminha deles. Aí sim, existe um grande projeto — mas não é o que vai dar certo.”
Ainda durante a conversa, Zema indicou apoio ao atual vice-governador, Mateus Simões, também do Novo, como seu possível sucessor em 2026. Ele elogiou o desempenho de Simões na administração pública e disse acreditar que ele está preparado para assumir o governo estadual.
Governo de Minas se reuniu com jornalistas para um balanço das contas públicas — Foto: Victor Veloso
Dívidas de MG
Outro tema destacado foi o avanço do Projeto de Renegociação das Dívidas dos Estados com a União, aprovado recentemente na Câmara dos Deputados. O governador agradeceu ao senador Rodrigo Pacheco (PSD), por sua atuação na condução da proposta, e afirmou que a dívida de Minas, que ultrapassa R$ 160 bilhões, nunca havia recebido a devida atenção.
Outro ponto abordado foi a possível privatização da Cemig e da Copasa, mesmo com os lucros recordes da companhia de energia. O governador defendeu a mudança, argumentando que a medida pode aumentar o valor das empresas e atrair mais investimentos. Ele declarou ainda que, se houver interesse do governo federal, a União poderia assumir o controle das estatais.
Já o secretário de Governo, Gustavo Valadares, ressaltou a boa relação entre o Executivo e a Assembleia Legislativa de Minas. Ele destacou que 16 projetos enviados pelo governo estadual foram aprovados neste ano, entre eles o reajuste salarial dos servidores públicos e mudanças nas contribuições do Ipsemg.
Câmeras policiais
Na segurança, o governador afirmou ser favorável ao uso de câmeras corporais por policiais militares, mas destacou que o modelo atualmente utilizado precisa de ajustes. Segundo ele, as câmeras instaladas capturam som e imagem durante toda a jornada de trabalho, incluindo momentos inadequados.