Desta vez são os Estados Unidos que pedem um cessar-fogo imediato nas operações militares de Israel em Gaza. E querem votar uma resolução nesse sentido nas próximas horas no Conselho de Segurança da ONU.
Washington havia vetado em ocasiões anteriores resoluções pedindo cessar-fogo temporário, alegando que uma parada nas operações militares atrapalha negociações para a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas.
A resolução apresentada pelos americanos é o maior revés sofrido por Israel desde o início da guerra, após o ataque terrorista do Hamas.
E aumenta um estranhamento que explodiu em público quando o chefe de governo israelense, Benjamin Netanyahu, se opôs à postura defendida pelos Estados Unidos da chamada solução de dois Estados na região, um judeu e outro árabe.
A resolução se opõe ao anúncio feito por Israel de estender sua ação militar também ao setor sul de Gaza, onde se concentram no momento centenas de milhares de refugiados e também o que resta de grande potencial de combate do Hamas.
A operação militar à qual o governo americano se opôs formalmente. Biden tem apanhado do próprio eleitorado por apoiar Israel e tem apanhado da oposição pela acusação de não proteger Israel.
São os americanos, por outro lado, que estão levando adiante a mais recente rodada de negociações para tentar a libertação dos reféns em poder do Hamas.
Parar a guerra e libertar os reféns seria uma importantíssima vitória diplomática.
Seria.