O último monitoramento do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos aponta que o furacão Milton perdeu um pouco de intensidade e está se aproximando da Flórida com ventos de 250 km/h. Com isso, ele desceu para a categoria quatro na classificação de risco de desastres.
A tempestade deve enfraquecer um pouco mais antes de atingir a costa, mas meteorologistas indicam que ela pode dobrar de tamanho. Com isso, os impactos desastrosos devem ser sentidos em uma área muito maior do estado.
As faixas externas do furacão Milton já começaram a impactar regiões costeiras da Flórida. De acordo com autoridades ouvidas pela CNN, algumas áreas de Tampa amanheceram, nesta quarta-feira (09), com inundações provocadas pela tempestade, condição que deve piorar ao longo do dia.
A região deve ser uma das mais impactadas e mais de 1 milhão de moradores receberam ordem para deixar suas casas e procurar algum abrigo.
A expectativa é que o centro do furacão atinja a costa centro-oeste da Flórida entre a noite de hoje e a madrugada de amanhã, atravessando o estado e seguindo rumo pelo oceano atlântico.
O publicitário João Mendes conta que o clima de apreensão tem crescido conforme a tempestade se aproxima. A cidade de Davenport, onde ele mora com a esposa, está dentro do cone de passagem do furacão, e apesar de seguirem todas as orientações das autoridades, o casal ainda não sabe ao certo como será impactado.
João Mendes conta que os alertas oficiais começaram na última sexta-feira, e a população logo correu para comprar alimentos, água e combustível. A expectativa é que os impactos possam se prolongar por alguns dias após a passagem do furacão.
Os parques temáticos, que são algumas das principais atrações turísticas do estado, como Disney e Universal Studios, vão fechar hoje à tarde e não terão atividade amanhã, algo que aconteceu poucas vezes na história.
Conforme disse o presidente dos Estados Unidos Joe Biden, esse pode ser o pior furacão a atingir a Flórida em 100 anos.
Desafios para conscientizar brasileiros na Flórida
O voluntário da Administração Nacional de Oceania e Atmosfera, agência estatal americana que cuida do clima, o brasileiro Eduardo Baldaci, de 58 anos, que mora na cidade de Titusville, na Florida, trabalha auxiliando a comunidade brasileira e que fala espanhol, instruindo as pessoas a se prepararem para estes fenômenos.
Eduardo Baldaci, em entrevista aos âncoras Mílton Jung e Marcella Lourenzeto no Jornal da CBN, fala sobre o temor com as inundações. Ele explica o motivo que o levou a permanecer em casaos e os desafios enfrentados pelas pessoas que decidem deixar a cidade, com estradas estradas lotadas, dificuldade de achar gasolina, água e, até mesmo, hospedagem.
O brasileiro destaca que furacão acontece no mesmo momento da greve portuária, o que provoca problema de abastecimento nos Estados Unidos. ‘Desafio extra para a população na Flórida’. Ele tambem cita os desafios para conscientizar os brasileiros que moram na Flórida. ‘Brasileiro é muito reativo, ele não se prepara para as condições climáticas’.
Eduardo Baldaci mora há 10 anos na cidade de Titusville, na Florida. Este é o nono furacão que vivencia. Ele cita o lema usado nos Estados Unidos. ‘Se preparar para o pior e esperar o melhor’.