O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, disse em um comunicado que está extremamente preocupado com relatos de uso desproporcional de força por parte de autoridades policiais da Venezuela contra manifestantes.
A Casa Branca chamou a violenta repressão aos protestos contra o anúncio da reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela de ‘inaceitável’. Os Estados Unidos também estão considerando novas sanções à Venezuela se o presidente Nicolás Maduro não cumprir as exigências de Washington por maior transparência na contagem de votos.
As opções podem incluir sanções individuais ou proibições de viagens dos Estados Unidos a autoridades venezuelanas, incluindo aquelas ligadas à eleição. As medidas podem escalar para outros tipos de sanções se forem consideradas necessárias. As informações foram divulgadas pela Reuters.
Em Caracas, capital da Venezuela, aumenta a escalada das manifestações. María Corina Machado e Edmundo González, opositores de Maduro e derrotados nas eleições, estão numa carreata rumo à sede da ONU em Caracas.
O presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Jorge Rodriguez, convocou apoiadores do presidente Maduro para demonstrar suporte à reeleição e ao resultado das urnas.
Ele convocou a presença dos manifestantes pró-maduro na porta do palácio presidencial Miraflores, lugar onde os manifestantes contrários também estão concentrados, segundo a Reuters.
Os protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro deixaram pelo menos seis pessoas mortas e 132 detidas. A mortes foram registradas em quatro estados: Aragua, Táchira, Yaracuy e Zulia.
A nova informação foi divulgada pela ONG Foro Penal. Em nota, a ONG informou que, dos seis mortos, dois são menores de idade, um com 15 e outro com 16 anos. A organização, que é especializada na defesa de presos políticos, não explicou as circunstâncias da fatalidade.
O Governo da Venezuela não confirma, ainda mortes nas manifestações. mas informou deteve mais de 700 pessoas durante o protesto. 48 militares e policiais ficaram feridos.