O setor editorial do Brasil, em 2023, teve queda de 0,8% no faturamento. O dado é da pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”, realizada pela Câmara Brasileira do Livro e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), e apuração da Nielsen BookData. No ano passado, as editoras no país arrecadaram R$ 4 bilhões nas vendas ao mercado.
Digital em alta: venda de livros de ensino são destaques
Nessa história, as livrarias exclusivamente virtuais lideram o ranking de participação no faturamento das editoras. Esse formato de venda representa um terço (32,5%) do lucro de 2023. O estudo também mostrou que os sites próprios e os marketplaces apareceram, pela primeira vez, entre os cinco principais canais com importância significativa nessa conta.
Nesse ambiente digital, o destaque de vendas é ainda maior no caso de livros didáticos e técnico-profissionais.
Pesquisa “Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro”
A digitalização do mundo pode ser vista em praticamente qualquer lugar, e com a leitura não seria diferente. O faturamento das editoras com conteúdo digital (e-books e audiobooks) foi de 39%. Já o crescimento real (com desconto da inflação) de 33%. O desempenho de plataformas educacionais e bibliotecas virtuais registraram altas nominais de 68% e 59%, respectivamente.
A leitura por meio do digital, com e-books, por exemplo, tem ganhado fãs — Foto: Unsplash
Nos últimos cinco anos, a arrecadação com conteúdo digital cresceu 158%. Em 2023, esse formato correspondeu a 8% (a última pesquisa era 6%) no faturamento das editoras (impresso + digital).
Na categoria À La Carte, ou seja, quando há a comercialização de e-book ou audiobook, o faturamento das editoras teve crescimento real de 18%. A venda de e-books cresceu 17% em termos reais.