O governador da região de Kherson, no sul da Ucrânia, que foi empossado pela Rússia, acusou as forças ucranianas de matarem 22 pessoas e ferirem outras 15 em bombardeios na pequena cidade de Sadove.
Vladimir Saldo disse nesta sexta-feira (7) que a Ucrânia atacou deliberadamente a área pela segunda vez, usando um míssil HIMARS, fornecido pelos Estados Unidos, para infligir o maior número possível de vítimas.
Leonid Pasechnik, governador empossado pela Rússia em Luhansk, uma região ocupada no nordeste da Ucrânia, afirmou que um ataque ucraniano matou três pessoas e feriu 50.
O Ministério da Defesa da Rússia disse que as forças ucranianas usaram mísseis ATACMS, também fornecidos pelos EUA, no ataque à cidade de Luhansk.
Não houve comentários da Ucrânia sobre nenhum dos casos.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, ressaltou que ambos os episódios “expuseram a essência desumana e nazista” das autoridades ucranianas depois dos Estados Unidos permitiram que Kiev use armas fornecidas pelos EUA contra alvos russos em qualquer circunstância.
Zakharova acusou anteriormente a Ucrânia de usar mísseis HIMARS para atingir alvos civis na região de Belgorod, no sul da Rússia.
Saldo, governador de Kherson, escreveu no Telegram que uma loja lotada de clientes e funcionários foi atingida em Sadove. Entre os feridos, cinco deles estão em estado grave.
A agência de notícias russa Tass citou uma fala do governador a jornalistas: “Após o primeiro ataque, moradores de casas próximas correram para ajudar os feridos e em pouco tempo um míssil HIMARS atingiu. Duas crianças estão entre os mortos.”
Ele disse que as forças ucranianas “repetiram deliberadamente o ataque para criar um maior número de vítimas”.
As tropas russas avançaram rapidamente para a região de Kherson durante a invasão em da Ucrânia em fevereiro de 2022, mas as forças ucranianas recapturaram partes da região no final daquele ano, incluindo o centro regional de Kherson.
Outras áreas permanecem nas mãos das forças russas.
A Ucrânia acusou diversas vezes a Rússia de lançar ataques numa área – chamado “toque duplo” – para aumentar o número de vítimas, especialmente entre as equipes de resgate.