O chefe do exército ucraniano alertou que suas forças estão enfrentando “uma das mais poderosas ofensivas russas” desde o início da guerra, já que a Rússia alegou ter capturado mais assentamentos na linha de frente oriental.
A Rússia tem feito avanços constantes na região de Donbass, que o presidente russo, Vladimir Putin, pretende capturar completamente. A Reuters, citando dados de código aberto, relatou que a Rússia vem avançando em seu ritmo mais rápido em pelo menos um ano.
O comandante-chefe da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, disse que a situação na linha de frente “continua difícil” e certas áreas “exigem renovação constante de recursos das unidades ucranianas” em uma declaração no Telegram na manhã de sábado.
As forças de Kiev, disse ele, estão “retendo uma das mais poderosas ofensivas russas desde o início da invasão em grande escala”.
No fim de semana, a Rússia reivindicou a captura de dois assentamentos na região de Donetsk – Kurakhivka e Vyshneve. Autoridades ucranianas não confirmaram nenhuma das alegações.
Vyshneve fica perto de Pokrovsk, um importante centro logístico no leste e um dos principais alvos da ofensiva russa.
Enquanto isso, os ataques de drones russos continuam, com a Ucrânia se preparando para o que pode ser um inverno difícil, com a infraestrutura energética já gravemente afetada.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia lançou mais de 50 ataques de drones na Ucrânia durante a noite de domingo. Na semana passada, a Rússia lançou mais de 900 bombas na Ucrânia e lançou cerca de 30 mísseis e quase 500 drones em várias regiões da Ucrânia, ele acrescentou.
A maioria dos ataques foi direcionada contra objetos civis e infraestrutura crítica, disse o comunicado.
Zelensky passou as últimas semanas tentando ganhar mais apoio, mas até agora não conseguiu obter consentimento para disparar na Rússia.
Ele repetiu seu apelo por ajuda ocidental, acrescentando na declaração que “todos esses ataques não teriam sido possíveis se tivéssemos apoio suficiente do mundo”.
Zelensky alertou que “a Rússia está aumentando gradualmente essa atividade” e acrescentou que Moscou ainda tem a capacidade de “usar componentes ocidentais para esse propósito”.
“Tudo isso é fornecido à Rússia do exterior. E, infelizmente, vem de empresas na China, Europa e América — muitas microcontribuições para o terror russo constante”, disse Zelensky.
Os bombardeios ocorrem em um momento precário para a Ucrânia.
Influência dos outros países
A eleição presidencial dos EUA na próxima semana determinará a política dos país sobre a Ucrânia, que atualmente está em uma encruzilhada. Se eleita, se espera que Kamala Harris continue em grande parte as políticas de apoio da administração Biden.
Já Donald Trump sugeriu, que se eleito, encerrará o apoio ao esforço de guerra de Kiev e afirmou que poderia resolver a guerra “em um dia”.
Enquanto isso, é possível que a Rússia esteja reforçando seu efetivo com tropas norte-coreanas. Cerca de oito mil tropas norte-coreanas estão na região de Kursk, na Rússia, e devem entrar em combate contra a Ucrânia nos próximos dias, anunciaram altos oficiais dos EUA esta semana.
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