Donald Trump pediu aos cristãos na quinta-feira (22) que o apoiem na eleição presidencial de 2024, uma disputa que ele descreveu em termos religiosos e comparou às grandes batalhas da Segunda Guerra Mundial.
Falando em um fórum para emissoras cristãs em Nashville, o favorito à indicação presidencial republicana comparou os riscos da eleição ao Dia D e à Batalha do Bulge e disse que o envolvimento de Deus é necessário para resgatar o país.
“Hoje estamos em outra luta pela sobrevivência de nossa nação”, disse Trump no evento organizado pela National Religious Broadcasters Association. “Desta vez, a maior ameaça não vem de fora de nosso país, eu realmente acredito nisso: vem de dentro.”
“Estou aqui hoje porque sei que para alcançar a vitória nesta luta, assim como nas batalhas do passado, ainda precisamos da mão de nosso Senhor e da graça do Deus Todo-Poderoso.”
Desde o lançamento de sua campanha no final de 2022, Trump tem descrito regularmente o estado do país em termos apocalípticos, buscando minar o apoio do presidente Joe Biden antes de uma provável revanche pela Casa Branca.
Trump tem procurado, às vezes, retratar a escolha que os norte-americanos enfrentarão em novembro como uma escolha do bem contra o mal, expressando sua retórica em uma linguagem que apela aos eleitores cristãos conservadores que formam o núcleo de sua base de apoio.
Os eleitores cristãos conservadores dão crédito a Trump por uma série de vitórias políticas, incluindo a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos que anulou o direito constitucional ao aborto.
Trump tem mantido esse apoio mesmo enfrentando um julgamento criminal no próximo mês em Nova York, que tem origem em um suposto suborno a uma estrela pornô. Esse é um dos quatro processos criminais enfrentados por Trump, que tem ridicularizado todos eles como sendo de motivação política.
“Na verdade, sou um cristão muito orgulhoso”, disse Trump. “Tenho estado muito ocupado lutando e, você sabe, levando as balas, levando as flechas. Estou levando-as para vocês e me sinto tão honrado em levá-las que vocês não fazem ideia.”
Chamando os promotores de “pessoas más”, Trump tentou criar uma causa comum com seu público, levantando temores de que o governo Biden estivesse planejando perseguir os cristãos e suas organizações – apesar da falta de evidências para apoiar tal afirmação.
“Os cristãos não podem se dar ao luxo de ficar à margem dessa luta”, disse Trump. “A esquerda radical está indo atrás de todos nós porque eles sabem que nossa lealdade não é para com eles. Nossa lealdade é ao nosso país e nossa lealdade é ao nosso criador.”
Trump está muito à frente de Nikki Haley, sua única adversária nas primárias republicanas. Ele tem 30 pontos percentuais de vantagem na primária da Carolina do Sul, no sábado, de acordo com a média de pesquisas feita pelo site FiveThirtyEight.