Poucas horas depois de ingressar no TikTok, o candidato republicano à presidência Donald Trump atraiu mais de 2 milhões de seguidores na rede social que ele tentou banir como presidente por motivos de segurança nacional.
A decisão de aderir à plataforma no sábado (1º) pode ajudar o ex-presidente a alcançar os eleitores mais jovens na sua terceira candidatura à Casa Branca.
Trump está em uma disputa acirrada contra o atual presidente Joe Biden antes das eleições presidenciais de 5 de novembro.
A campanha eleitoral de Biden já está no TikTok, com 336 mil seguidores, embora o democrata tenha assinado um projeto de lei que pode proibir o aplicativo no país – onde conta com cerca de 170 milhões de usuários – caso seu proprietário chinês, ByteDance, não o venda para um terceiro.
Trump postou um vídeo de lançamento em sua conta na noite de sábado. O vídeo, que tem mais de 34 milhões de visualizações, mostrava Trump cumprimentando os fãs em uma luta do Ultimate Fighting Championship em Newark, Nova Jersey.
O porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, disse que não deixará “nenhuma frente desprotegida” em seus esforços para alcançar os eleitores mais jovens.
A ByteDance está contestando nos tribunais a lei que exige a venda do TikTok até janeiro de 2025. A Casa Branca afirma que quer o fim da propriedade chinesa por motivos de segurança nacional.
O TikTok argumentou que não compartilha dados de usuários dos Estados Unidos com o governo chinês e que tomou medidas substanciais para proteger a privacidade de seus usuários.
A tentativa de Trump de proibir o TikTok em 2020, quando ele era presidente, foi bloqueada pelos tribunais.
Trump já tem uma presença ativa nas redes sociais, com mais de 87 milhões de seguidores no X e mais de 7 milhões de seguidores na sua própria plataforma, Truth Social, onde publica quase diariamente.
Um tribunal de apelações dos EUA estabeleceu na semana passada um cronograma acelerado para considerar os desafios legais à nova lei.
O Tribunal do Distrito de Columbia ordenou que o caso fosse apresentado para argumentos orais em setembro, depois que TikTok, ByteDance e um grupo de criadores de conteúdo se uniram ao Departamento de Justiça no início deste mês para solicitar ao tribunal um cronograma rápido.