Em meio a um cenário global repleto de desafios, o retorno de Donald Trump à Casa Branca pode ter consequências imprevisíveis. A nova administração do republicano deve ter influência direta em dois dos principais conflitos armados no mundo.
Por um lado, Trump já afirmou que pretende intermediar o fim da guerra na Ucrânia e que tem pressa em cortar os gastos do governo com o conflito no leste europeu.
Já no Oriente Médio, sinalizou apoio a Israel, mas não deixou claro se pretende apoiar um ataque a instalações nucleares do Irã.
No campo econômico, a agenda de Trump pode afetar dezenas de governos. O republicano prometeu aumentar a taxação sobre produtos estrangeiros, e a China já se prepara para uma nova guerra comercial.
Segundo o economista Fabio Gallo, professor de finanças da FGV-SP, a adoção de políticas protecionistas pelos Estados Unidos deve levar à valorização do dólar, impactando diretamente as economias em desenvolvimento – incluindo o Brasil, que tem a China como principal parceiro comercial.
2025 é o ano em que o Brasil assume a presidência do Brics, estabelecendo como prioridade a facilitação do comércio entre os membros do bloco, que reúne China, Rússia, Índia e África do Sul, além dos recém-incorporados Egito, Emirados Árabes Unidos, Irã e Etiópia.
Em meio ao esforço do governo Lula para ampliar as relações multilaterais do Brasil, o país será sede em novembro da COP 30, a conferência internacional do clima, em Belém do Pará.
Este será o principal evento internacional do governo e vai reunir líderes mundiais para discutir ações contra as mudanças climáticas.
Para além da agenda internacional, o terceiro ano do governo Lula começa com uma série de desafios. Entre eles, estabelecer uma boa relação com os novos presidentes da Câmara e do Senado a partir de fevereiro e promover uma reforma ministerial que traga alianças para a eleição de 2026.
Para isso, o cientista político Carlos Pereira avalia que governo deve levar em conta a nova correlação de forças com partidos como União Brasil e PSD, que foram os grandes vitoriosos nas eleições municipais.
Outros pontos de atenção são a relação com o mercado e a necessidade de novas medidas para garantir o equilíbrio fiscal, de modo a incentivar a redução da taxa básica de juros e a queda do dólar, que ainda está acima dos 6 reais.
Enquanto acompanha a economia, o brasileiro se ocupa torcendo. Ainda em janeiro, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos divulga a lista de indicados para o Oscar, e a grande expectativa é que o filme “Ainda estou aqui”, do diretor Walter Salles, concorra ao prêmio, assim como a atriz Fernanda Torres, que é cotada para concorrer como melhor atriz.
O longa-metragem também concorre ao Globo de Ouro neste domingo, nas categorias “melhor filme em língua não inglesa” e “melhor atriz em um filme dramático” com Fernanda Torres.
No futebol, quatro clubes vão disputar o novo Mundial de Clubes da FIFA. Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras, que foram os últimos vencedores da Copa Libertadores da América, estão classificados para a competição, que começa no mês de junho.