Ao menos três homens, apontados como suspeitos pela polícia, morreram e uma funcionária da Fundação Oswaldo Cruz ficou ferida durante uma operação da Polícia Civil em Manguinhos, na Zona Norte do Rio, nesta quarta-feira. Durante a ação, parte da Operação Torniquete, foram registrados intensos tiroteios e o bloqueio de vias importantes na região.
De acordo com a Polícia Civil, um dos suspeitos era gerente do tráfico na comunidade de Manguinhos. Outros dois homens baleados afundaram em um rio, mas foram encontrados sem vida por mergulhadores do Corpo de Bombeiros. Um quarto suspeito ficou ferido e foi levado para um hospital da região.
Várias publicações nas redes sociais mostram que o clima na região é de instabilidades e insegurança nesse início da tarde.
Durante o tiroteio, uma funcionária da fábrica de vacinas Bio-Manguinhos foi atingida por estilhaços de vidro. Ela recebeu atendimento médico e passa bem. Moradores relatam que o confronto teve início na comunidade Varginha e se deslocou para a Mandela, próximo à Fiocruz.
Criminosos que fugiram de Manguinhos escaparam em direção à comunidade do Jacarezinho, na Zona Norte, e se depararam com viaturas da Polícia Civil em frente à Cidade da Polícia, na mesma região. Houve confronto e uma moradora, identificada como Marli Sonia Paulo da Silva, de 67 anos, foi baleada na perna. Ela foi levada para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier. Na fuga, os suspeitos deixaram um explosivo para trás. O artefato precisou ser detonado por agentes do Esquadrão Antibombas.
O objetivo da operação era reprimir roubos, furtos e receptação de cargas e veículos. Dois funcionários da Fiocruz foram levados para a delegacia para prestar esclarecimentos. Inicialmente, a polícia informou que um deles teria ajudado criminosos a fugir, mas, depois, declarou que investiga se eles auxiliaram os suspeitos ou foram coagidos.
Na operação, a Polícia Civil apreendeu maconha, cocaína, crack, pistolas, fuzis e munição.
Em nota, a Fiocruz criticou a operação e afirmou que agentes entraram no campus sem autorização, colocando trabalhadores e alunos em risco. Já a Polícia Civil alega que só entrou na Fiocruz por ter recebido informações de que havia criminosos no local.
A polícia também investiga se dois funcionários da Fundação ajudaram criminosos ou foram coagidos.