A declaração foi feita após o presidente boliviano, Luis Arce, informar que as Forças Armadas do país estão fazendo “mobilizações irregulares”.
O presidente Lula disse nesta quarta-feira (25) que pedirá informações ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, sobre a situação na Bolívia. A declaração foi feita após o presidente boliviano, Luis Arce, informar que as Forças Armadas do país estão fazendo “mobilizações irregulares”.
Lula afirmou ainda que está torcendo para que a democracia prevaleça na Bolívia e que “golpe nunca deu certo”.
Militares tomam praça do palácio presidencial da Bolívia nesta quarta-feira (26) — Foto: AIZAR RALDES / AFP
“Pedi para o meu ministro perguntar, para gente ter certeza, porque a gente não pode ficar anunciando coisa que depois não acontece. (…) Como eu sou um amante da democracia, eu quero que a democracia prevaleça na América Latina. Golpe nunca deu certo”, declarou.
Tanques do Exército e militares armados invadiram o palácio presidencial da Bolívia nesta quarta. Imagens que chegam do país mostram unidades do Exército agrupadas em praças e ruas de La Paz.
Segundo apurado pelo g1, o presidente Lula, o assessor especial Celso Amorim e o chanceler Mauro Vieira irão se reunir para tratar da situação do país sul-americano.
Itamaraty condena tentativa de golpe
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores condenou “nos mais firmes termos” a tentativa de golpe de Estado na Bolívia. Leia na íntegra:
O Governo brasileiro condena nos mais firmes termos a tentativa de golpe de estado em curso na Bolívia, que envolve mobilização irregular de tropas do Exército, em clara ameaça ao Estado democrático de Direito no país.
O Governo brasileiro manifesta seu apoio e solidariedade ao Presidente Luis Arce e ao Governo e povo bolivianos. Nesse contexto, estará em interlocução permanente com as autoridades legítimas bolivianas e com os Governos dos demais países da América do Sul no sentido de rechaçar essa grave violação da ordem constitucional na Bolívia e reafirmar seu compromisso com a plena vigência da democracia na região. Esses fatos são incompatíveis com os compromissos da Bolívia perante o MERCOSUL, sob a égide do Protocolo de Ushuaia.