Os agentes investigam, agora, se um médico foi aliciado pra indicar as vítimas.
O suspeito de ser o contador de uma quadrilha que aplicava golpes milionários em planos de saúde empresariais foi preso nesse sábado. Anderson Pereira era procurado desde quinta-feira e foi encontrado cinco dias depois da prisão da chefe do esquema criminoso. Os agentes investigam, agora, se um médico foi aliciado pra indicar as vítimas.
A Polícia Civil prendeu um homem acusado de ser o contador de uma quadrilha que aplicava golpes milionários em planos de saúde empresariais. Anderson Pereira estava foragido desde quinta-feira. As investigações mostram que o grupo criminoso criou pelo menos dez empresas de fachada pra aplicar os golpes.
A polícia suspeita que o esquema contava também com a participação de um médico, que seria o responsável por indicar os pacientes pra contratação dos planos. A mulher acusada de chefiar essa quadrilha está presa desde segunda-feira, quando os agentes fizeram uma operação. Adriana Neves Castro foi detida em casa, em Itaguaí, na Região Metropolitana.
O delegado responsável pelo caso, Angelo Lages, disse que a polícia comprovou a participação de Anderson a partir das transferências bancárias de Adriana pra ele.
“A gente não sabia se os dados dele estavam sendo utilizados ou se ele realmente era integrante da quadrilha, de fato. Com a primeira fase, a gente comprovou, havia muita transferência bancária da Adriana para ele, conversas sobre a formalização de pessoas jurídicas, fictícias. Além disso, foi bloqueado, houve sequestro determinado pela Justiça, dos Bens Móveis e Imóveis Ativos e bloqueio de todas as contas bancárias dos dois investigados, tanto do Anderson quanto da Adriana”.
Depois de criar as instituições falsas, os golpistas iam pra lugares movimentados e ofereciam os planos de saúde com a promessa de isenção da taxa da carência e rapidez pra realização de procedimentos cirúrgicos.
Anderson e Adriana tiveram os bens e as contas bancárias bloqueados. Eles são investigados por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro e já respondem pelo mesmo tipo de fraude em São Paulo.