Anastasia Rodionova, uma sobrevivente do ataque à prefeitura de Crocus, na região de Moscou, disse à Reuters no sábado (23) que os agressores armados estavam “atirando em todo mundo metodicamente em silêncio” dentro do local na noite de sexta-feira (22).
“Eles não atiraram para cima, não gritaram, não disseram: ‘Todos deitem-se, vamos matar vocês’, e etc. Eles estavam apenas andando e atirando em todos, metodicamente, em silêncio. O som estava ecoando e não conseguíamos entender o que estava onde”, disse ela.
“É inacreditável. Só agora você entende que tem sorte, muita sorte. Cheguei em casa; meu casaco estava coberto de sangue”, acrescentou ela.
Outra sobrevivente do ataque, Margarita, que não forneceu seu sobrenome, disse à Reuters que “os tiros continuavam e continuavam”.
“Descemos para algum tipo de andar térreo, algum quarto escuro, e vi apenas a palavra ‘saída’ brilhando na escuridão, e simplesmente não sabíamos se devíamos correr ou não. Quem está aí no escuro? O que há no escuro?” ela disse.
“Ontem estávamos muito angustiados, claro que é muito difícil. Porque ontem chegamos em casa… e chegou uma ambulância, e deram um sedativo… e você fecha os olhos e você vê, quando você fica sozinho, você ouve isso. E hoje expresso minhas condolências a todos. É uma desgraça, é uma dor”, acrescentou.
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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