Em entrevista coletiva na tarde deste domingo, no Rio, o secretário geral das Nações Unidas, Antonio Guterres defendeu a união dos países em torno de propostas estratégicas como a agenda 2030. Questionado sobre a decisão da Argentina de não apoiar o protocolo, que busca erradicar a fome, enfrentar as desigualdades entre os países e criar bases de desenvolvimento sustentável, ele disse que se o G20 se divide, ele perde relevância internacional.
Guterres ainda defendeu a agenda de reformas da governança global, pauta que tem ganhado destaque nos últimos anos e que busca mecanismos eficazes de fiscalização e tributação de capital estrangeiro e, principalmente, de proteção de países mais vulneráveis financeiramente. Ele defendeu revisão da dívida das nações com mais dificuldades financeiras.
O secretário-geral da ONU ainda falou sobra a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e disse que é preciso alcançar a paz, não só entre os dois países, mas também no Oriente Médio, no Líbano e no Sudão. Ele fez um apelo por calma e atenção às diversas opiniões pra que os problemas sejam resolvidos.
Guterres reforçou a cobrança pra que os países desenvolvidos façam sua parte em relação às questões climáticas e se disse favorável à reforma do conselho de segurança da ONU, uma pauta antiga dos países do sul global, caso do Brasil, que pleiteia há anos a entrada no bloco. O Conselho de Segurança das Nações Unidas é responsável por decidir questões de paz e segurança, como a imposição de sanções e a autorização de intervenções militares.