A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (1º), o fim da Operação Verão no litoral paulista. A ação, que durou quatro meses na Baixada Santista, foi encerrada com 56 mortes de suspeitos em confrontos com a polícia.
Foi a segunda ação policial mais letal da história do estado, somente atrás do Massacre do Carandiru, em 1992.
A pasta afirma que 1.045 suspeitos foram presos no total, sendo que 438 deles eram procurados pela Justiça.
A operação das polícias Civil e Militar foi concluída com a apreensão de mais de duas toneladas e meia de drogas e 119 armas de fogo ilegais.
Ainda de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os roubos caíram 25% nas cidades de Santos, São Vicente e Guarujá no primeiro bimestre, em comparação com o mesmo período de 2023.
Como foi a Operação Verão?
A Operação Verão foi estabelecida na Baixada Santista em dezembro do ano passado e dividida em três fases.
A segunda fase teve início em 2 de fevereiro, após a morte do PM da Rota Samuel Wesley Cosmo, em Santos.
Depois, em 7 de fevereiro, mais um PM foi morto. Desta vez, o cabo José Silveira dos Santos. Após essa morte, começou a terceira fase da operação, que foi marcada pela instalação do gabinete de Segurança Pública em Santos.
Denúncias de abusos e exceções
A ouvidoria das polícias reuniu relatos de abusos e execuções durante o período.
Em resposta, o governador Tarcísio de Freitas afirmou não estar “nem aí” para as acusações feitas contra ele por entidades brasileiras nas Nações Unidas.
A Secretaria da Segurança Pública afirmou também que, a partir do encerramento da Operação Verão, a Polícia Militar vai ampliar o efetivo de agentes na Baixada Santista para atuar de maneira permanente na região.