Tarcísio Motta, do PSOL, foi entrevistado na sabatina realizada pelo Portal G1 nesta quarta-feira. Ele fez promessas para reduzir a desigualdade social na cidade, aumentar o número de alunos matriculados no ensino de tempo integral e rebateu questionamentos alianças políticas do PSOL. A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações.
O candidato do PSOL à Prefeitura do Rio, Tarcísio Motta, prometeu, durante entrevista ao portal G1, investimentos em políticas públicas para reduzir a desigualdade social.
“A Prefeitura do Rio, por exemplo, para enfrentar a desigualdade social deveria investir em políticas de assistência social. Em 2023, a prefeitura investiu apenas 2% do seu orçamento em assistência social.”
A declaração é #FATO
Segundo a Lei de Orçamento Anual aprovada na Câmara de Vereadores do Rio em 2023, o valor destinado à Secretaria de Assistência Social do Município foi de R$ 993 milhões. Esse total representa 2,17% do orçamento total da prefeitura para o ano, que foi de mais de 45 bilhões.
Ao falar sobre educação, Tarcísio Motta prometeu mais alunos matriculados no ensino em tempo integral.
“Nós vamos chegar a 80% dos alunos em horário integral em quatro anos de governo. (…) E isso vai cumprir parte da meta que estava pactuada há 10 anos atrás, porque a meta do Plano Municipal de Educação era de que nós já tivéssemos atingido 75% agora”.
#NÃOÉBEMASSIM
Uma das metas do Plano Municipal de Educação do Rio de Janeiro é oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 45% dos alunos da Educação Básica até 2020. O dado é diferente do apresentado pelo candidato, que afirmou que a meta era de 75%.
Dados recentes do Ministério da Educação mostram que menos de 30% dos alunos dos anos iniciais do ensino fundamental do Rio estavam matriculados em ensino de tempo integral – assim, a meta ainda não foi cumprida.
O candidato do PSOL também respondeu questionamentos sobre o apoio de parte da esquerda a Eduardo Paes.
“Eduardo Paes, lembremos, nasceu tucano. Depois, votou a favor do impeachment da Dilma. Depois, votou em Bolsonaro em 2018. E se tornou um aliado de Lula apenas no final do primeiro turno.”
A declaração é #FAKE
Em 2018, Eduardo Paes concorria ao governo do Estado e não declarou voto em Jair Bolsonaro, embora tenha feito declarações elogiosas a ele durante a campanha. Paes também não votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, porque na época estava em seu segundo mandato na prefeitura do Rio, e o processo de impedimento foi votado no Congresso. Por fim, o prefeito se aliou ao presidente Lula e declarou voto ao petista em julho de 2022.