Os sistemas de defesa aérea da Rússia destruíram 25 drones ucranianos durante a noite em quatro regiões, informou o Ministério da Defesa na quinta-feira (28).
Quatorze drones foram destruídos sobre a região de Krasnodar, seis sobre a região de Bryansk, três sobre a Crimeia anexada a Moscou e dois sobre a região de Rostov, disse.
O governador regional de Krasnodar, Veniamin Kondratyev, escreveu no Telegram que dois distritos na região sul da Rússia foram submetidos a um “ataque massivo de drones” durante a noite. Um civil ficou ferido, segundo ele.
Um canal local do Telegram publicou imagens mostrando um objeto colidindo com um prédio na cidade de Slavyansk-na-Kubani, seguido por um grande estrondo e uma bola de fogo.
A Reuters não pôde verificar imediatamente a filmagem.
Na Ucrânia, a força aérea informou que abateu 79 dos 91 mísseis lançados pela Rússia durante seu ataque contra a infraestrutura energética do país.
Os militares ucranianos também derrubaram 35 drones e perderam o controle de 62 dos 97 dispositivos lançados pela Rússia no ataque, afirmou.
Nesta quinta-feira (28), Moscou lançou seu segundo grande ataque à infraestrutura energética da Ucrânia do mês, cortando a energia de mais de um milhão de pessoas no oeste, sul e centro do país, informaram oficiais.
Entenda a Guerra entre Rússia e Ucrânia
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e entrou no território por três frentes: pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, país forte aliado do Kremlin. Forças leais ao presidente Vladimir Putin conseguiram avanços significativos nos primeiros dias, mas os ucranianos conseguiram manter o controle de Kiev, ainda que a cidade também tenha sido atacada. A invasão foi criticada internacionalmente e o Kremlin foi alvo de sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, após milhares de mortos, a guerra na Ucrânia entrou no que analistas descrevem como o momento mais perigoso até agora.
As tensões se elevaram quando o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou o uso de um míssil hipersônico de alcance intermediário durante um ataque em solo ucraniano. O projétil carregou ogivas convencionais, mas é capaz de levar material nuclear.
O lançamento aconteceu após a Ucrânia fazer uma ofensiva dentro do território russo usando armamentos fabricados por potências ocidentais, como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França.
A inteligência ocidental denuncia que a Rússia está usando tropas da Coreia do Norte no conflito na Ucrânia. Moscou e Pyongyang não negam, nem confirmam o relato.
O presidente Vladimir Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, disse que as forças russas estão avançando muito mais efetivamente – e que a Rússia alcançará todos os seus objetivos na Ucrânia, embora ele não tenha dado detalhes.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse acreditar que os principais objetivos de Putin são ocupar toda a região de Donbass, abrangendo as regiões de Donetsk e Luhansk, e expulsar as tropas ucranianas da região de Kursk, na Rússia, das quais controlam partes desde agosto.