Segundo o documento, ele se filiou à sigla a mando de Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, supostos mandantes do assassinato.
O relatório da Polícia Federal mostra que investigadores descobriram que um integrante da milícia de Rio das Pedras se filiou ao PSOL, legenda da vereadora Marielle Franco, quase um ano antes do crime ser realizado. Segundo o documento, ele se filiou à sigla a mando de Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, supostos mandantes do assassinato.
O objetivo era que Laerte SiIva de Lima levantasse informações internas do partido para repassar aos Brazão. Inclusive, na delação, o policial militar reformado Ronnie Lessa disse que Laerte o alertou que Marielle Franco, em algumas reuniões comunitárias, pediu para a população não aderir a novos loteamentos situados em áreas de milícia.
Ainda segundo o documento, Ronnie Lessa relatou que foi durante a primeira reunião com os Irmãos Brazão, por volta de setembro de 2017, ocasião em que restou acertada a execução de Marielle Franco, que surgiram as primeiras falas sobre a motivação do crime, que dão conta deque a vítima teria sido posta como um obstáculo aos interesses dos Irmãos, sendo certo que tal percepção decorreria de informações oriundas de Laerte Lima da Silva, já mencionado em linhas recuadas como sendo supostamente o infiltrado da Família
Ainda de acordo com a PF, tal infiltração remontaria a período anterior ao interesse na morte de Marielle Franco. A PF aponta que Laerte foi preso no âmbito da operação Intocáveis com outros suspeitos de integrarem o grupo militar responsável pela exploração de serviços e afins na localidade de Rio das Pedras.