Edmundo González Urrutia, de 74 anos, é o candidato presidencial da Plataforma Democrática Unitária (PUD), aliança que reúne os principais partidos e líderes da oposição na Venezuela.
Após semanas de incertezas e candidaturas descartadas ou desqualificadas, González se tornou o candidato oficial da oposição para enfrentar Nicolás Maduro.
González Urrutia é diplomata, analista internacional, foi membro do conselho editorial internacional do jornal El Nacional e fez parte da Mesa da Unidade Democrática, aliança que reuniu os mais importantes partidos da oposição antes da formação do PUD, como presidente do seu conselho de administração.
Ele se formou como internacionalista pela Universidade Central da Venezuela e concluiu o mestrado em Relações Internacionais pela Universidade Americana de Washington, D.C., segundo seu perfil no Instituto Fermín Toro de Estudos Parlamentares.
González é coordenador do Grupo de Acompanhamento do Trabalho do Sistema Internacional no centro de estudos.
Nascido em 1949, Edmundo González também foi diretor da Comissão de Planejamento Estratégico e Coordenação do Ministério das Relações Exteriores entre 1990 e 1991.
Foi embaixador na Argélia entre 1991 e 1993, durante os mandatos de Carlos Andrés Pérez e Ramón José Velásquez.
Posteriormente, atuou como diretor-geral de Política Internacional do Ministério das Relações Exteriores, de 1994 a 1998.
Entre 1998 e 2002, foi embaixador na Argentina, nomeado pelo presidente Rafael Caldera. Também ficou no cargo durante os primeiros anos do mandato de Hugo Chávez.
Candidatura à Presidência
Edmundo González já estava inscrito como opção provisória no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) depois que María Corina Machado, vencedora das primárias da oposição em outubro, e Corina Yoris, designada como substituta por Machado, não conseguiram se inscrever para disputar as eleições.
Logo após a decisão sobre a candidatura de González, tanto Machado quanto Yoris fizeram postagens no X declarando apoio ao representante da oposição.
No dia 20 de abril, Machado também publicou um vídeo nas redes sociais em que comemorava que a oposição já tinha “um candidato apoiado pelo mundo inteiro”. “Hoje demos um grande passo”, disse.
As eleições presidenciais venezuelanas estão marcadas para 28 de julho.
*com informações de Osmary Hernández e Marlon Sorto, da CNN