A especialista do Observatório do Clima, Stela Herschmann, em entrevista ao Jornal da CBN, destaca que o texto final da COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, foi alvo de muitas críticas.
O texto final da vigésima nona Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, foi alvo de muitas críticas. A principal delas em relação ao estabelecimento da meta de US$ 300 bilhões por ano que os países ricos devem repassar para o financiamento climático. O valor ficou muito aquém do US$ 1,3 trilhão pleiteados por nações em desenvolvimento.
A especialista do Observatório do Clima, Stela Herschmann, em entrevista aos âncoras Mílton Jung e Cássia Godoy no Jornal da CBN, destaca que o resultado aumenta ainda mais a pressão da COP30, que será realizada em Belém, em novembro do próximo ano. Stela Herschmann ressalta que o mundo inteiro espera que o Brasil resolva o aumento do financiamento climático e a ambição climática para limitar o aquecimento a um grau e meio.
“O Acordo de Paris vai estar celebrando 10 anos em 2025. Essa COP celebra isso e a gente tem que resgatar a confiança no sistema, que já estava em baixa a confiança antes de a gente chegar em Baku e, sobre a liderança do Azerbaijão, essa confiança virou pó”.
Stela Herschmann reforça que o Brasil tem nas mãos, além dessa responsabilidade, um histórico de ser um construidor de pontes. Mas será preciso fazer isso com máxima excelência para conseguir lidar com todos os problemas herdados da COP 29, em Baku, no Azerbaijão.