A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou a interdição do estádio do Atlético-MG, a Arena MRV, após cenas de violência ocorridas durante a final da Copa do Brasil no domingo (10). O jornalista José Eduardo Savóia comentou o incidente e criticou a abordagem das autoridades esportivas.
Para Savóia, “punir apenas os clubes é lavar as mãos” diante do problema da violência nos estádios.
O jornalista defendeu que a solução mais eficaz seria identificar e punir severamente os indivíduos responsáveis pelos atos de vandalismo, em vez de penalizar as equipes e os torcedores pacíficos.
Críticas ao sistema de punição atual
O jornalista questionou a eficácia das medidas punitivas impostas pelo STJD, como a obrigação de jogar a 100 km do estádio de origem ou a interdição de arenas.
Savóia argumentou que essas ações não abordam a raiz do problema e podem ser injustas para os clubes e torcedores que não participaram dos incidentes violentos.
“O caminho é a punição exemplar”, afirmou Savóia e sugeriu que apenas com consequências severas seria possível começar a resolver o problema da violência no futebol brasileiro.
Além disso, ele também destacou a necessidade de uma ação conjunta entre clubes para combater esse tipo de comportamento.
Impacto para os torcedores
A interdição da Arena MRV afetaria não apenas o Atlético-MG mas também seus torcedores que já adquiriram ingressos para os próximos jogos do Campeonato Brasileiro.
Savóia ressaltou a injustiça dessa situação, considerando que a maioria dos quase 45 mil torcedores presentes no estádio teve um comportamento adequado.
O jornalista também lembrou de casos anteriores envolvendo outros clubes, como Corinthians e Vasco da Gama, que foram prejudicados por decisões semelhantes.
Ele argumentou que essas situações são recorrentes no futebol brasileiro e continuarão acontecendo enquanto não houver uma mudança significativa na abordagem do problema.
Veja a entrevista na íntegra:
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