No penúltimo dia de convenções partidárias, três chapas para a disputa à Prefeitura de Belo Horizonte estão sendo lançadas neste domingo (4).
Pela manhã, a federação PT, PV e PCdo B oficializou o nome do deputado federal, Rogério Correia, do Partido dos Trabalhadores para o pleito em BH. A vice dele será a deputada estadual Bella Gonçalves, do PSOL, que foi o nome escolhido pela federação com a Rede.
Apesar de ser o candidato de Lula para as eleições na capital mineira, a convenção não teve a presença do presidente, mas ele foi representado por ministros do governo federal e pela presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann.
Gleisi trouxe uma mensagem de Lula, que determinou prioridade na campanha de Rogério e prometeu estar presente nas ruas para ajudá-lo a alavancar a candidatura em BH.
Durante a fase de pré-campanha, Lula também pediu união do campo progressista em BH, assim como foi no pleito presidencial em 2022. Apesar disso, a chapa não conseguiu uma aliança com o PDT, que terá a deputada federal Duda Salabert oficializada como candidata, no fim da tarde deste domingo.
Sobre isso, Rogério Correia disse que fez um grande esforço pra ter o PDT na chapa, mas não conseguiu.
“Nós chamamos uma unidade o tempo inteiro e conseguimos, a nossa unidade está essa aqui. O que será possível agora será uma unidade no segundo turno com o PDT. Nesse sentido, eu também espero uma frente mais ampla do que foi feito até agora, ampliar também com o centro. Mas nós já conseguimos uma unidade muito importante e tudo o que foi possível fazer nós fizemos e vamos continuar fazendo, para no segundo estarmos mais unidos ainda”, afirmou.
Deputado federal Rogério Correia, do PT, é candidato a prefeitura de BH. A vice dele será a deputada Bella Gonçalves, do PSOL — Foto: Luiz Rocha
Também na manhã neste domingo, o Podemos oficializou a candidatura do senador, Carlos Viana, para a disputa à prefeitura de BH. Viana chega ao pleito se apresentando como o candidato que representa os evangélicos na cidade.
Assim como no campo progressista, a direita em BH também está fragmentada e, por isso, Viana vai acabar disputando votos do eleitorado conservador, com as chapas, por exemplo, do Republicanos e do PL.
Sobre isso, o candidato fez muitas críticas a algumas alianças políticas que se configuraram em BH. Entre elas, a união do governador Romeu Zema, do Novo, e do ex-prefeito de BH, Alexandre Kalil, até então adversários políticos, mas que estão no mesmo palanque da candidatura de Mauro Tramonte, do Republicanos.
Ao mencionar a chapa, que chamou de “boi de três chifres”, o senador Carlos Viana afirmou que apoios de caciques políticos e de presidentes não garantem a eleição.
“Nós estamos em uma eleição que não depende de presidene da República. Quem vai comandar a cidade é o prefeito eleito. Eu, prefeito em 2025, eu tenho que sentar com qualquer presidente da República para buscar soluções para Belo Horizonte. Eu não tenho que ter padrinho político de ex-presidente ou atual presidente, eu tenho que pensar na capital. Essa independência eu estou construindo, o Podemos me deu essa possibilidade.”
O Podemos oficializou a candidatura do senador, Carlos Viana, para a disputa à prefeitura de BH. — Foto: Divulgação/ Carlos Viana
Apesar da aprovação do nome de Viana, o vice dele ainda está em aberto e será definido pela executiva do Podemos. Até então, o empresário Fred Aisc, do Democracia Cristã, assumiria o posto, mas o nome dele ainda não é consenso na legenda.
Com esse cenário, Belo Horizonte terá ao menos 10 candidaturas para a disputa do pleito municipal de outubro, considerando o prazo de fim das convenções que se encerra nesta segunda-feira (5).