A partir das 11h, o público poderá acompanhar – de forma gratuita – uma apresentação dos artistas Xênia França, Luedji Luna e Rael com a Orquestra Experimental de Repertório, sob a regência do maestro Wagner Polistchuk.
O Parque Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, recebe neste domingo o Projeto Aquarius do Amanhã. A partir das 11h, o público poderá acompanhar – de forma gratuita – uma apresentação dos artistas Xênia França, Luedji Luna e Rael com a Orquestra Experimental de Repertório, sob a regência do maestro Wagner Polistchuk. A iniciativa do jornal O Globo em parceria com a SrCOM tem o intuito de democratizar o acesso da população à música clássica.
Em entrevista à CBN, que é a rádio oficial do evento, a cantora Xênia França destacou a importância de projetos como o Aquarius do Amanhã:
“A música é um veículo natural, né? A música é tudo que existe, tudo é feito de música e acredito que as pessoas, para saberem do que elas gostam, elas só precisam ter acesso àquilo. E a música brasileira, ela é muito profunda. A música popular, que me educou, é uma música muito rica e que cabe muito bem dentro desse espaço, que cabe muito bem dentro de uma orquestra. Então, eu me sinto até um pouco orgulhosa de ser uma cantora que, de tempos em tempos, sou convidada para cantar com orquestra. Eu me sinto maravilhada”.
O cantor Rael também ressaltou a importância de popularizar a música clássica para a cultura brasileira:
“A expectativa das melhores, assim, eu acho que no Ibirapuera ali tem aquela parte do auditório para fora, assim, é uma coisa tão gostosa ali de presenciar e de assistir algo, e eu acho que isso daí é um encontro do erudito com o popular, né, eu acho que é uma questão de popularizar um pouco mais essa coisa que tem por trás do erudito, né, de ser refinado e de não ter, às vezes, muito acesso ao público, eu acho que traz essa proposta, assim, e é uma coisa maravilhosa também você fazer em outros formatos”.
Já Luedji Luna, que participou de uma edição do Aquarius no Rio de Janeiro, disse que o projeto também representa uma oportunidade aos artistas. Segundo ela, uma apresentação com orquestra é um desafio diferente:
“Eu acho que é um jeito de estar no palco diferente, me desafiar um pouco e ver a magnitude que a sua música pode tomar, né, quando tocada com orquestra. E o Ibirapuera especial, eu tenho boas memórias, assim, de assistir shows incríveis ao ar livre. Então, adoro assistir show lá e tocar lá também”.
O maestro Wagner Polistchuck explicou que a experiência é diferente mesmo para quem conhece as músicas, já que cada uma terá um arranjo especial. Ele ainda destacou que a presença de mais de cem músicos na orquestra e na “big band” vai impactar até mesmo os artistas que vão se apresentar no evento:
“Então, é o que a gente vai fazer ali. A gente vai unir tudo, essa roupagem clássica, erudita, com a música popular. Não só a música popular erudita, com a Big Band, que a gente vai tocar, por exemplo, Garota de Ipanema, com o nosso popular de hoje, né, que mistura até hip-hop. É uma grande festa”.
O Projeto Aquarius surgiu em 1972 com a proposta de levar a música sinfônica para um número cada vez maior de pessoas. Entre os momentos inesquecíveis, destacam-se a montagem da ópera Aída, tendo a Quinta da Boa Vista como cenário; e a apresentação do tecladista Rick Wakeman com os grupos Barão Vermelho e Blitz.