A prefeitura de Belo Horizonte decretou, neste sábado, situação de Emergência em Saúde Pública, em razão da necessidade de ações para preservar a saúde da população devido à grande quantidade de casos de arboviroses, como dengue, chikungunya e zika.
No decreto, o prefeito da capital mineira, Fuad Noman, do PSD, citou a circulação simultânea de três sorotipos do vírus da dengue e do vírus da chikungunya.
Desde o início de fevereiro, o município atingiu uma incidência média superior a 300 casos prováveis de dengue por cem mil habitantes, caracterizando um estado de epidemia estabelecida, segundo os parâmetros do Ministério da Saúde.
Com a mediada da prefeitura, fica declarada a existência de situação anormal caracterizada como situação de emergência em Saúde Pública, com vigência pelo prazo de 180 dias, podendo ser prorrogado caso persista a situação de emergência.
Para lidar com essa situação, foram criados centros específicos de atendimento às pessoas com sintomas das arboviroses. Um deles, na UPA Centro-Sul.
Nesta manhã, muitos pacientes aguardavam atendimento na unidade. Uma delas foi a Sara, que recebeu o diagnóstico de dengue depois de sete dias de sintomas. Ela chegou cedo e ainda enfrentou um longo tempo de espera.
Já a Letícia Gomes estava no Centro de Atendimento às Arboviroses acompanhando o pai, que está com suspeita de dengue. Ela reclamou da superlotação e afirmou que notou muitos casos de dengue e Covid.
Além das unidades específicas de atendimento, sete centros de saúde de Belo Horizonte estarão abertos neste sábado e no domingo para atender pacientes com sintomas de arboviroses.
A Secretaria de Saúde da capital mineiras informou, ainda, que outras unidades podem ser abertas de acordo com o cenário epidemiológico da cidade.