O marido da cozinheira Elaine Esteves Pereira, que foi morta a tiros na Avenida Brasil após o carro que os dois estavam bater em uma viatura da Polícia Civil, disse que os policiais não ajudaram a socorrer a mulher. A Corregedoria da instituição investiga o caso.
Na madrugada de domingo (11), Elaine e Carlos André voltavam de uma festa quando o motorista de outro veículo se aproximou pedindo para que parassem, indicando uma suposta batida. Eles se assustaram, aceleram o carro e, assim, começou uma perseguição.
Ao entrar na Avenida Brasil, Carlos acabou batendo em uma viatura da Delegacia de Homicídios. Os agentes atiraram e um dos disparos atingiu Elaine.
A Polícia Civil disse que os tiros foram dados para “interromper a investida repentina e violenta”, e que, após constatar que uma mulher tinha sido alvejada, imediatamente acionaram o socorro médico. Mas o marido de Elaine conta que os policiais nem olharam para a cozinheira e se preocuparam apenas em revistar o carro.
“Eles, em momento nenhum, foram socorrer ela, se preocuparam com ela. Me tiraram dali, botaram com a mão para trás, porque tinham vários policiais, outras viaturas já estavam ali, e eu afastado dela. Eles nem olharam para ela! Eles foram no carro procurar não sei o quê, não sei se era o projétil, não sei o que era (…). Eu achei que a gente estava seguro quando colidiu com a polícia. Falei: ‘amor, acabou, amor. É a polícia’. Mas, a gente ficou sem chão agora, sem saber o que fazer, porque é uma pessoa amada demais”, relatou.
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta de 4h, mas, quando a equipe chegou, Elaine já estava morta.
A cozinheira foi enterrada nesta segunda-feira (12) no Cemitério Parque da Paz, em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. Nas redes sociais, familiares e amigos lamentaram o ocorrido.
A Corregedoria da Polícia Civil investiga o caso.