A Polícia Civil tenta identificar outras pessoas que possam estar envolvidas na tentativa de extorsão contra o jogador Luiz Henrique, do Botafogo. Os investigadores querem saber se há o envolvimento de pessoas próximas ao atleta no crime. Raissa Cândida da Rocha, de 26 anos, prima da ex-mulher do jogador, foi presa na sexta-feira (29) um dia antes da final da Libertadores, por ameaçar divulgar vídeos íntimos do jogador caso ele não pagasse R$ 20 mil.
Em mensagens de WhatsApp, ela pede a quantia e, com a demora, passa a fazer as ameaças. A mulher chega a passar a chave PIX para que o atleta faça o depósito em troca da não exposição das imagens íntimas.
Raissa Cândida foi indiciada pelo crime de extorsão. Segundo a polícia, ela confessou o crime ao ser presa em flagrante, e teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça.
O jogador fez a denúncia à SAF do Botafogo, no fim de setembro, e a Delegacia Antissequestro iniciou as investigações.
Na época, um homem pedia R$ 40 mil para não divulgar o mesmo material apresentado por Raissa. As investigações indicam que as primeiras ameaças partiram de um telefone que pertencia supostamente a Jhonny Max, ex-empresário do atleta. Ele chegou a prestar depoimento e foi liberado após negar as acusações, mas segue sendo investigado.
Na manhã da última quinta-feira (28), quando Luiz Henrique já estava na concentração para a final da Libertadores, em Buenos Aires, ele voltou a receber ameaças.
O jogador comunicou as novas tentativas de extorsão à direção da SAF e a Polícia Civil foi acionada novamente. Os investigadores identificaram um padrão: o atleta recebia as mensagens com a tentativa de extorsão antes de jogos decisivos.
Os agentes orientaram o Botafogo a tirar o celular do atleta, para que ele não continuasse respondendo às chantagens, e descobriram que o número pertencia a um amigo da família da ex-mulher do jogador. O homem prestou depoimento na condição de testemunha e explicou que uma parente havia pedido o número de sua conta, alegando que um dinheiro seria depositado por Luiz Henrique.
Os policiais chegaram, então, até Raíssa Cândida, que acabou presa em flagrante em casa, em Duque de Caxias.
As investigações seguem em sigilo para identificação e prisão dos demais suspeitos envolvidos na organização criminosa.