A Polícia Civil e o Ministério Público realizam uma operação que tem como alvo o contraventor Rogério de Andrade e o presidente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, Flávio da Silva Santos.
Até o momento, três pessoas foram conduzidas para a Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, sendo um policial militar e a mulher, que, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão, os policiais encontraram três pássaros silvestres na residência do casal. O objetivo da operação é cumprir mandados contra envolvidos no assassinato de Fábio Romualdo Mendes.
Foram expedidos quatro mandados de prisão e 10 de busca e apreensão. O homicídio teria sido motivado por uma disputa de poder em uma organização criminosa. A operação Fissão resulta de uma denúncia do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público contra quatro pessoas, entre elas um policial militar, pelo homicídio qualificado de Fábio.
O assassinato ocorreu em setembro de 2021, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio.
Segundo as investigações, Romualdo era ligado ao jogo do bicho e foi morto por desavenças na contravenção. Ele foi atingido por tiros quando estava em seu carro, aguardando a mulher. Dois indivíduos em uma motocicleta se aproximaram de Fábio e atiraram contra ele. De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital, os mandantes da execução pertencem a um grupo liderado por Flávio da Mocidade — que seria o braço direito de Rogério Andrade.
Os mandados estão sendo cumpridos em endereços da Zona Oeste do Rio, em Maricá, na Região Metropolitana, Petrópolis, na Região Serrana, Angra dos Reis, na Região dos Lagos, em três presídios, e em endereços ligados à Polícia Militar.
São alvos dos mandados de prisão o ex-policial militar Thiago Soares Andrade Silva, Anderson de Oliveira Reis Viana, Rodrigo de Oliveira Andrade de Souza e o policial militar Bruno Marques da Silva, todos denunciados por participação no assassinato de Fabio Romualdo Mendes.
Além disso, são realizadas buscas em endereços ligados ao contraventor Rogério de Andrade, ao presidente da Mocidade Flávio da Silva Santos, ao policial militar Adriano da Rocha Muniz e a José William Fernandes de Assis, que seguem sendo investigados por possível envolvimento no crime.
Também são alvos de busca o policial militar da reserva Márcio Araújo de Souza, chefe da segurança de Rogério de Andrade, e dois policiais militares, Marcos Araújo de Souza e Ramon Malta Moreira, por suspeita de ocultar provas vinculadas ao assassinato.