A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio realizam uma operação para tentar prender José Marcos Chaves Ribeiro, acusado de tentativa de feminicídio, sequestro e cárcere privado, além de violência psicológica e furto qualificado contra a socialite Regina Lemos Gonçalves, de 88 anos.
A idosa é viúva e herdeira do empresário Nestor Gonçalves, fundador da Copag, uma marca de cargas de baralho. A família acusa o ex-motorista da socialite de tê-la mantido isolada em casa, sem contato com amigos e parentes por 10 anos .
O caso ganhou repercussão e é investigado desde novembro do ano passado pela Delegacia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. O Ministério Público ofereceu denúncia contra o acusado após diversos depoimentos, inclusão de laudos e boletins de atendimento e detalhes do período em que Regina viveu com José Marcos no apartamento do Edifício Chopin, ao lado do Copacabana Palace. A Justiça aceitou a denúncia, tornou o ex-motorista réu e determinou a prisão preventiva.
Segundo o MP, a tentativa de feminicídio se deu durante uma internação no dia 30 de dezembro de 2021, quando Regina foi parar no hospital com uma lesão na cabeça. Ela precisou ser operada e só teve alta em janeiro de 2022, no entanto ninguém da família foi comunicado do fato.
A quarta vara criminal ainda determinou que a Polícia Civil e o Ministério Público, acompanhados de um oficial de Justiça, desocupem a mansão localizada em São Conrado, também na Zona Sul. O local estaria sendo administrado por José Marcos e teria sido alugado a terceiros.
Além disso, estão sendo realizadas buscas no imóvel e em apartamentos que pertencem a socialite, na Avenida Prefeito Mendes de Moraes, em São Conrado. O ex-motorista também fica proibido de se aproximar da vítima a menos de 500 metros de distância e de ter contato por qualquer meio.