A Polícia Federal prepara pedidos de quebras de sigilo bancário, fiscal e de buscas feitas Francisco Wanderley Luiz, homem responsável pelos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta semana. As solicitações deverão ser feitas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF.
O objetivo da corporação é rastrear o caminho do dinheiro, já que Francisco permaneceu em Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal nos últimos meses, e estaria sem renda fixa. Ele era chaveiro em Rio do Sul, no Vale do Itajaí, Santa Catarina.
O homem ainda comprou mais de R$ 1,5 mil em fogos de artifício no início deste mês em uma loja em Ceilândia. As imagens, obtidas pela TV Globo, mostram Francisco Wanderley Luiz no local, que é legalizado.
Francisco foi ao estabelecimento nos dias 5 e 6 de novembro para comprar os fogos e depois, segundo as primeiras apurações, modificou os produtos para potencializar os explosivos.
A reportagem CBN apurou com investigadores do caso que a loja que os comerciantes estão colaborando com as investigações. Não há suspeita de que eles tenham participado da organização do atentado. Ainda segundo os investigadores, Francisco passou as compras em um cartão de débito. Ele levou o material para a casa alugada, em Ceilândia, onde modificou os explosivos de forma artesanal.
Segundo o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Francisco usou o material para produzir bombas do tipo Tubo. De acordo com Andrei, é um material bastante perigoso, que imita uma granada.
A PF agora, apura se Francisco recebeu ajuda financeira em Brasília. Chama a atenção o pagamento em débito na loja de fogos. Além dos explosivos que Francisco detonou no carro e nele próprio na Praça dos Três Poderes, os policiais encontraram mais bombas na Esplanada dos Ministérios, na casa dele, em Ceilândia e no trailer que ele havia alugado e estacionado perto da Câmara. Os investigadores também encontraram um celular, que já foi levado para a perícia. A análise no material já começou a ser feita.