A carga de 39 toneladas de produtos contrabandeados que chegou ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte veio dos Estados Unidos. A Polícia Federal e a Receita tentam identificar, agora, o grupo criminoso responsável pela operação ilegal. Entre os produtos, estavam mais de 150 kg de droga do tipo haxixe.
A Polícia Federal e a Receita tentam identificar o grupo criminoso responsável pela carga de 39 toneladas de mercadorias, que entrou ilegalmente no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins. Entre os produtos foram encontrados mais de 150 kg de drogas do tipo haxixe. As autoridades já sabem que o material veio dos Estados Unidos e, por isso, trabalham com a possibilidade de múltiplas organizações criminosas envolvidas na exportação e importação irregular no Brasil.
O crime foi descoberto na quarta-feira (29), após uma inspeção de rotina feita nos produtos que chegaram ao Aeroporto Internacional de BH. Na ocasião, cães farejadores identificaram a presença de drogas dentro de caixas metálicas. Mas, segundo o delegado da Alfândega da Receita Federal em Belo Horizonte Flávio Machado, que participou da operação, toda a carga chamou a atenção dos agentes.
“São ao todo 39 toneladas de mercadorias com vários indícios de que seria uma tentativa de importação irregular, porque a documentação que havia sido apresentada e que estava acompanhando a carga, ela não conduzia com as mercadorias. Então, isso foi um dos elementos também que chamou a nossa atenção. Temos aparelhos eletrônicos, principalmente celulares, equipamentos fotográficos e até equipamentos médicos no meio da carga, então tem bastante variedade”, disse.
Durante as apurações, a PF e a Receita Federal identificaram que o destino dos produtos era uma empresa importadora localizada em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Segundo o delegado Flávio Machado, ao cruzar as informações, as autoridades conseguiram encontrar outra carga importada com mesmo destinatário.
“Uma parte da carga tinha sido deslocada para outro recinto alfandegário, porque os importadores podem concluir o processo de importação no próprio local ou deslocar essa carga para outro recinto alfandegário, que seja mais próximo a ele. Então, eles tinham deslocado uma quantidade de carga para outro recinto e a gente acabou impedindo que essa carga que tivesse qualquer continuidade e trouxemos ela de volta para Belo Horizonte. Aqui, a gente tem a maior estrutura para trabalhar essa carga também”, explicou.
No momento, a PF investiga os crimes de contrabando, descaminho e tráfico de drogas. Além do inquérito criminal, a Receita Federal vai abrir um processo administrativo contra a importadora, para que ela se explique sobre a carga irregular.
Enquanto o processo corre, os materiais continuarão apreendidos e, posteriormente, poderão ser leiloados ou destinados a instituições públicas e filantrópicas. No caso das drogas, elas serão destruídas.