O compartilhamento de informações foi iniciado após uma reunião entre delegados e peritos da PF com investigadores do Cenipa, em Brasília, nesta segunda-feira (26). No encontro, os dois órgãos alinharam de que forma vai ocorrer a investigação conjunta.
Diferentemente do Cenipa, que apura as causas para apontar melhorias e evitar futuras tragédias, a investigação da Polícia Federal tem o objetivo de verificar se existem pessoas que devam ser responsabilizadas criminalmente pela tragédia.
Por isso, a PF vai produzir, paralelamente ao relatório final do Cenipa, um Laudo de Sinistro Aeronáutico.
Peritos criminais do Instituto Nacional de Criminalística vão acompanhar todos os exames, ensaios e testes realizados no Cenipa, incluindo análise dos destroços, do motor, das caixas pretas e quaisquer outras partes da aeronave que estejam no Cenipa.
Segundo a corporação, esse documento é importante porque traz aspectos técnicos e científicos acerca do acidente aéreo que, confrontados com testemunhas, podem indicar se atuações pessoais contribuíram com o acidente.
O compartilhamento de informações do Cenipa com a Polícia Federal foi autorizado na semana passada pela 1ª Vara Criminal de Campinas, após concordância do Ministério Público Federal e da Advocacia Geral da União.
Essa autorização foi solicitada uma vez que a Polícia Federal precisa produzir laudos próprios sobre a causa do acidente, já que os relatórios do Cenipa não podem, segundo a legislação brasileira, ser usados para fins de responsabilização criminal.
No dia 6 de setembro, perto de completar um mês do acidente, o Cenipa convocou uma entrevista coletiva para anunciar o resultado preliminar da análise das caixas-pretas e possivelmente determinar o que causou a queda da aeronave.
Enquanto isso, a limpeza da área segue no Residencial Recanto Florido. Uma missa ecumênica, que era comentada após o acidente, deve acontecer no dia 22 de setembro, conforme a associação de moradores.