A aprovação do presidente Lula atingiu 54%, o maior índice do ano. Já a desaprovação, em dois meses, recuou de 47% para 43%. É o que mostra a terceira rodada da pesquisa Quest, divulgada nesta quarta-feira. Duas mil pessoas com mais de 16 anos foram ouvidas presencialmente entre 5 e 8 de julho. A margem de erro estimada é de 3,1 pontos percentuais e o índice de confiança é de 95%.
Segundo a pesquisa, o desempenho do presidente foi puxado pelos eleitores mais pobres, entre 35 e 59 anos, e moradores do Sudeste. A pesquisa apontou que houve melhora na percepção econômica apenas entre os mais pobres e, para a maioria dos brasileiros, a economia piorou nos últimos 12 meses. Desta vez, a pesquisa incluiu um bloco de perguntas sobre entrevistas recentes de Lula a rádios e constatou que 41% tomaram conhecimento e 59% não ouviram falar.
Briga com o Banco Central
Para 53% dos eleitores, as falas de Lula não foram a principal razão da alta do dólar e 34% consideram que sim. A maioria, 66%, concorda com as críticas do presidente, a política de juros do Banco Central e, para 67%, o governo não deve satisfação ao mercado, mas aos mais pobres. A ampla maioria dos entrevistados concordam com as opiniões do presidente.
Para 90%, o salário deve ser aumentado todo ano acima da inflação, 87% consideram muito altos os juros no Brasil, 84% consideram que as carnes consumidas pelos mais pobres deveriam ser isentas de impostos. Em relação às maiores preocupações da população, houve pouca mudança em relação à pesquisa de maio. Saúde segue no topo do ranking, com 15%, seguido por economia, crise e inflação, 12%, violência e criminalidade, 12% também, desemprego, 9% e fome e corrupção, 10%