O governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) se aproximou da nomeação do presidente Nicolás Maduro para as eleições deste ano, apontando que os militantes que participaram nas assembleias consultivas querem que ele seja o seu candidato.
O PSUV afirmou em comunicado que mais de 4,2 milhões de pessoas que participaram nessas reuniões se manifestaram “de forma unida” para que Maduro seja o seu candidato presidencial nas eleições marcadas para 28 de julho.
A formalização da candidatura de Maduro deve acontecer na próxima sexta-feira (15), em reunião anunciada pelo PSUV na semana passada.
Desde janeiro, os líderes do PSUV avançaram com a nomeação de Maduro. No final daquele mês, o deputado Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional Venezuelana, se referiu ao presidente como “nosso candidato”.
E, na segunda-feira (11), o primeiro vice-presidente do partido, Diosdado Cabello, falou no mesmo sentido. “As bases do PSUV decidiram que Nicolás Maduro será o candidato presidencial”, destacou Cabello em uma mensagem na sua conta na rede social X, antigo Twitter.
Nas eleições deste ano, Maduro tentará o seu terceiro mandato presidencial. O primeiro começou em abril de 2013, semanas após a morte do Presidente Hugo Chávez.
O segundo mandato começou em janeiro de 2019, depois de Maduro ter vencido as eleições de 2018, resultado que uma coligação de partidos da oposição rejeitou.
No dia 5 de março, o Conselho Nacional Eleitoral anunciou a data da votação e Maduro disse durante um evento público: “Tenho a certeza de que o povo travará novamente a sua batalha e obterá mais uma vez uma grande vitória”.
Do lado da oposição, a líder María Corina Machado, vencedora das primárias realizadas em outubro, acusa o governo Maduro de ter promovido uma desqualificação contra ela para impedi-la de concorrer.
Para Machado, o Executivo não quer que ela esteja nas urnas porque teme ser derrotado em disputa livre.
Machado foi impedida em 2015 pela Controladoria-Geral da Venezuela, que decidiu sancioná-la, alegando irregularidades administrativas nas declarações juramentadas sobre seus bens e uma possível ligação com supostos atos de corrupção atribuídos ao ex-deputado da oposição Juan Guaidó.
No dia 26 de janeiro, a Suprema Corte venezuelana homologou a inabilitação.