Único representante do Brasil nas disputas masculinas do mountain bike na Olimpíada de Paris, Ulan Galinski faz sua estreia nos Jogos nesta segunda-feira (29). O atleta aposta na familiaridade com a capital francesa para ir bem na prova.
Apesar de ter nascido e crescido no Vale do Capão, região da Chapada Diamantina, na Bahia, o ciclista de 26 anos tem pai francês e revelou à CNN Brasil uma conexão com Paris que lhe serviu de motivação durante o ciclo olímpico.
“Eu senti algo muito especial naquele momento [de definição da França como sede dos Jogos Olímpicos]. Em 2019, eu fui a Paris para o aniversário de 90 anos da minha avó e minha família perguntou se eu achava que era possível estar lá. Naquela época, eu não era nem um dos oito, nove melhores atletas do Brasil e ainda assim falei que sim”, comentou Ulan sobre sua relação com o local da Olimpíada.
“Mas não falei da boca para fora, falei com coração porque algo dentro de mim fazia eu sentir que ia conquistar esse objetivo.”
Pressão nos adversários
Além dessa conexão com a França, o ciclista brasileiro também vê fatores relacionados aos seus concorrentes que podem jogar a seu favor e ajudá-lo a desempenhar seu melhor resultado no circuito em Paris.
“Eu diria que estou em um momento importante e privilegiado da minha carreira porque tenho menos pressão e expectativas em relação aos principais atletas do mundo. Eles realmente têm bastante pressão e expectativa em cima deles em termos de medalhas, e isso é uma vantagem que eu tenho hoje e não quero ter mais nas próximas Olimpíadas”, refletiu Ulan sobre seus adversários no mountain bike.
Conselhos do “mentor”
Ainda que tenha sua primeira experiência olímpica em Paris, Ulan possui o apoio de um grande exemplo de como achar os melhores atalhos nesta prova e em sua carreira.
Como parte da “Equipe Caloi Henrique Avancini Racing”, o jovem de 26 anos nutre uma relação próxima com o ciclista que dá nome ao time e que é visto por muitos como o maior nome da história da modalidade no país.
Dessa forma, é natural imaginar que Ulan se inspire em Avancini nesta competição e para seu futuro. No entanto, o ciclista baiano se atenta em diferenciar sua trajetória da de seu “chefe”.
“Eu não diria que é a continuação de um legado, diria que é a construção do meu legado através do legado e da história dele. Estou feliz em continuar essa jornada e poder contar com a ajuda dele. Independentemente de onde eu vou chegar ou do que vai acontecer no futuro, ele sempre fará parte da minha história”, descreveu o ciclista sobre seguir os passos de Henrique Avancini.
Acompanhe a CNN Esportes em todas as plataformas
- YouTube
- Tiktok