A Organização Mundial da Saúde disse nesta sexta-feira (7) que a criança com gripe aviária H5N1 relatada pela Austrália no mês passado viajou para Calcutá, na Índia. A organização informou que a família disse que não teve nenhuma exposição conhecida a pessoas ou animais infectados enquanto estava lá.
Ainda segundo a OMS, a criança viajou para Calcutá de 12 a 19 de fevereiro e retornou à Austrália em 1º de março. Um dia depois, no dia 2 de março, a criança foi internada e permaneceu no hospital por mais de duas semanas.
Este é o primeiro caso de H5N1 em uma pessoa na Austrália.
Nenhum contato familiar próximo na Austrália ou na Índia desenvolveu sintomas até 22 de maio, disse a OMS.
A entidade informou ainda que o sequenciamento genético mostrou que o vírus era do subtipo H5N1 e parte de uma cepa que circula no Sudeste Asiático, que já tinha sido detectada em infecções humanas anteriores e em aves.
Amesh Adalja, especialista em doenças infecciosas do Centro Johns Hopkins para Segurança Sanitária, afirmou que é preciso fazer uma investigação para ver se a criança esteve em contato com aves domésticas ou outras aves, ou se houve houve um surto desta versão do H5N1 nas proximidades. A cientista reconheceu que é difícil fazer essa análise meses depois da infecção.
“Os vírus H5N1 não se transmitem de forma eficiente entre humanos e suspeito que haja uma exposição oculta de animais que levou à infecção”, disse Adalja.