Presidente do Senado disse que mandato de cinco anos é razoável e que ninguém consegue governar em estado eleitoral constante. A declaração foi feita durante a conferência do Lide, em Londres.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu a aprovação do projeto de lei que prevê o fim da reeleição para o executivo no Brasil. Pacheco disse que o mandato de cinco anos é razoável e que ninguém consegue governar em estado eleitoral constante. A declaração foi feita durante a conferência do Lide, em Londres.
Cotado para assumir um ministério do governo Lula, Pacheco afirmou à plateia de líderes empresariais que pretende terminar o mandato como senador, pelos próximos dois anos:
“Se eu for abençoado pelo apoio dos meus colegas também, o fim da reeleição no Brasil, com o mandato de cinco anos, eu acho que é um tema muito importante de nós tratarmos. Ninguém consegue conviver com o estado permanente eleitoral com a busca sempre de um novo mandato. Eu acho que o fim da reeleição com o mandato de cinco anos para o Executivo seria algo interessante para o nosso país”, diz.
Pacheco afirmou que pretende fechar o período à frente da presidência do Senado, com a reforma tributária aprovada pelo Congresso, e com apoio da ampla maioria. Ele fez um apelo aos empresários, governantes e outros presentes para que apoiem a regulamentação do texto. Segundo Pacheco, o sistema deve ser remodelado:
“É o mesmo Congresso que fez a reforma constitucional tributária e que fará sua regulamentação com o apoio de todos. Não é a reforma ideal. Óbvio que as funções e as distorções podem ser corrigidas ao longo do tempo, mas é preciso fazê-la porque há uma unanimidade. O nosso sistema tributário prejudica o nosso setor produtivo, prejudica o crescimento do Brasil”, conta.
Outro ponto abordado no discurso foi a aprovação da regulamentação da Inteligência Artificial. Projeto do próprio senador Rodrigo Pacheco, a medida visa criar barreiras para uso, controle e cuidados com dados e informações por parte da tecnologia.
Ele diz que teme que o assunto seja postergado, assim como a regulamentação das redes sociais.