A Polícia Civil realiza, nessa terça-feira, uma operação contra uma quadrilha de estelionatários que se passavam por representantes da Bienal do Livro para aplicar golpes. Até o momento, duas pessoas foram presas, mas, ao todo, são sete mandados de prisão. A polícia já identificou mais de 40 possíveis vítimas e um prejuízo estimado de R$ 200 mil.
As investigações mostram que o grupo abordava pessoas na rua e oferecia assinatura de revistas. Segundo o relato de uma vítima a agentes da delegacia de Icaraí, em Niterói, o pagamento combinado foi de R$ 69, divididos em 10 parcelas de R$ 6,90, com direito a um brinde, que foi entregue a ela. Na primeira tentativa de pagamento por cartão de crédito, os golpistas alegaram que houve um erro e passaram pela segunda vez, quando descontaram um total de R$ 2 mil, valor cerca de 30 vezes maior, como explica o delegado Daniel Rosa.
“Seriam enviadas revistas mensais para a casa da vítima em troca de um brinde que ela receberia. Para a surpresa dela, foi passado no cartão de crédito um valor pelo menos 12 vezes maior do informado. Diante dessa informação, a investigação se aprofundou e foi possível identificar oito integrantes desse bando, que agiam juntos praticando os crimes de estelionato e associação criminosa. Hoje, saímos para cumprir esses mandados de prisão e de busca e apreensão”, detalhou.
A vítima só descobriu o golpe ao ver a fatura do cartão de crédito.
A polícia descobriu que quatro investigados são parentes. Diogo Lázaro Correa Bomfim é apontado como chefe da quadrilha e abriu a empresa DG Empreendimentos para tentar despistar a polícia. A companheira dele, Michele Aparecida Silvério; a filha dela, Larissa Maia da Silva; e a irmã de Diogo, Bárbara Gabriele Machado Velho, também participaram do golpe. A quadrilha tinha outros quatro integrantes, como falsos representantes de vendas, um motorista e o titular da conta usada na fraude.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de estelionato e associação criminosa.