Kaylia Nemour fez história na Olimpíada de Paris, neste domingo (4), ao ganhar a medalha de ouro para a Argélia na final de barras assimétricas da ginástica artística. Foi a primeira medalha de um país africano no esporte.
Ela teve uma pontuação impressionante na final — 15.700 —, assim como a chinesa Qiu Qiyuan (15.600), medalha de prata. O bronze ficou com a norte-americana Sunisa Lee (14.800) — veja o quadro de medalhas.
A ironia é que, se dependesse de Kaylia, Arena Bercy teria comemorado a conquista para a França na Olimpíada, uma vez que a ginasta de 17 anos nasceu no país e tentou representá-lo no esporte.
No entanto, um desentendimento com a Federação Francesa de Ginástica a fez optar por representar a Argélia, país onde nasceu seus avós paternos.
Entenda o caso
Em 2021, Kaylia Nemour sofreu uma osteocondrite que a obrigou a passar por duas cirurgias no joelho. Seu médico pessoal a liberou para voltar aos treinos, mas o médico da Federação contestou a decisão do colega.
Além disso, a entidade pediu para que a ginasta deixasse seu clube e treinasse nas instalações da federação. Kaylia se negou, a França bateu o pé e a ginasta optou por representar a Argélia.
Ironicamente, a França não teve representantes na final das barras assimétricas.
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