As obras no Mercadão de São Paulo devem terminar em novembro deste ano. A empresa responsável pelo restauro respondeu os questionamentos do Tribunal de Contas do Município sobre má execução da obra. A concessionária pretende investir mais de 90 milhões de reais até o fim de 2024.
A concessionária responsável pelo restauro do Mercadão classificou os problemas apontados pelo Tribunal de Contas do Município como pontuais e informou que já enviou respostas ao órgão.
Há pouco menos de um mês, o Tribunal cobrou explicações sobre problemas identificados à época da auditoria, como má execução na obra de restauro da fachada e zeladoria.
O TCM recebeu vídeos e fotos mostrando lixo acumulado dentro e fora do prédio, água voltando pelo encanamento, além da presença de animais como ratos e baratas.
O diretor-presidente da Mercado SP, Aldo Bonametti, explica que os problemas específicos foram resolvidos e não representam o dia-a-dia do mercado:
“Alguém veio aqui, tirou uma foto, que a gente, na verdade, não sabe a data da foto, nem quando foi, nem nada disso. Mas que não reflete a realidade diária do mercado. Isso sim, a gente mostrou pra eles que eram coisas pontuais e que não refletiam a realidade, e que as obras estão dentro dos parâmetros, o prazo está dentro do parâmetro, a execução da obra, principalmente, a questão, por exemplo, que foi levantada da tinta que é usada, foi algo aprovado pelos dois órgãos, os dois órgãos vieram aqui, aprovaram a execução das obras… Então está absolutamente tudo sob controle”.
A concessionária administra o Mercado Municipal e o Mercado Kinjo Yamato, que também está sendo restaurado. Aldo Bonametti descreveu investimentos realizados para a construção de uma nova infraestrutura de esgoto e reforma dos banheiros.
Mercado Kinjo Yamato. — Foto: Marcella Lourenzetto/CBN
Também foi feito o restauro da fachada externa e de áreas internas, além de melhorias nos sistemas elétrico, de segurança e de emergência. O mercado passa a ter três geradores, para manter o funcionamento em caso de queda de energia.
Os andaimes e barulhos de obra parecem não incomodar tanto quem frequenta o Mercadão. Ainda mais se a visita acontece pela primeira vez, como no caso do aposentado Jaime dos Santos:
“Sou nascido e criado em São Paulo, na Vila Mariana, e é a primeira vez que eu vim pra cá com 64 anos de idade. Primeira vez que eu tô entrando. Tô achando muito boa a recepção do pessoal, né? A reforma é pra melhoria, tem que ter, né?”
Os comerciantes já se acostumaram, mas aguardam ansiosos o fim do restauro.
O complexo foi concedido em 2021 por 25 anos. O novo prazo para o término das obras é novembro, com investimentos que ultrapassam 90 milhões de reais.
A concessionária alega que a data inicial, de junho de 2023, foi alterada por causa do tempo de análise dos órgãos de defesa do patrimônio histórico.