O prefeito e candidato à reeleição pelo MDB, Ricardo Nunes, fez uma visita ao lado do governador Tarcísio de Freitas, na Zona Oeste, no Mercado de Pinheiros. Eles falaram com comerciantes, tomaram um café na padaria e também receberam uma ligação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O assunto foi o próximo jogo do Palmeiras contra o Vasco, que será em Brasília. Nada de política, nem de algum compromisso de Bolsonaro na campanha de Nunes.
Nos bastidores, Tarcísio diz que, ‘se Maomé não vai até a montanha, a montanha vai a Maomé’ – indicando que Nunes pode ir a Brasília fazer gravações com o ex-presidente.
Integrantes da campanha contaram que há uma ala, ligada a Bolsonaro, que acha que a gravação deveria acontecer o quanto antes, mas outra acredita que ainda não é o momento.
Enquanto isso, Nunes segue o script de reforçar a imagem ao lado do governador, mostrar feitos de campanha e, recentemente, começou a tratar de temas ligados ao bolsonarismo, como a vacinação. Ele esteve em podcasts que tem como público-alvo a extrema-direita.
Na agenda da campanha desta quinta, Nunes teve que explicar uma declaração recente sobre vacinação.
“Sempre sou a favor da vacina. Temos poliomielite, uma série de vacinas que são importantes para a saúde das pessoas. Não existe nenhuma questão de mudança daquilo que eu sempre defendi – São Paulo se tornou a capital mundial da vacina. O que eu fiz uma correção é com relação ao passaporte da vacina da covid. Se fosse hoje, eu não teria feito o passaporte da vacina”, afirmou.
Nunes não explicou porque mudou de ideia e fez a linha ‘contrafavor’ da vacinação, exaltando a imunização, mas dizendo ser contrário ao passaporte da vacina.