O candidato Guilherme Boulos (PSOL) recebeu menos votos no segundo turno das eleições em São Paulo do que as abstenções – ou seja, o número de eleitores que não compareceram às urnas.
Com 98,62% das urnas apuradas, Boulos havia recebido 2.288.734 votos, enquanto o número de abstenções na capital Paulista era de 2.898.226.
Já a soma das abstenções com os eleitores que foram às urnas e votaram em branco ou nulo foi maior do que o número de eleitores que escolheram Ricardo Nunes ou Guilherme Boulos.
Neste domingo, Ricardo Nunes foi reeleito prefeito de São Paulo com 59,44% dos votos, contra 40,56%. Ele toma posse no início de 2025, e terá como vice o coronel Ricardo Mello Araújo (PL).
Relembre a corrida eleitoral em São Paulo
A reeleição de Ricardo Nunes no segundo turno confirmou o que as pesquisas de intenção de voto já apontavam. Mas, nem assim, pode se dizer que o final da campanha teve tranquilidade.
Após mais um apagão na cidade, Nunes viu o adversário diminuir a diferença a cada rodada de pesquisas. Enquanto Guilherme Boulos apontava a incapacidade da prefeitura de fazer o manejo de árvores, o atual prefeito se defendia acusando a de Enel não prestar um serviço de qualidade.
Já o primeiro turno foi marcado por disputas pelo eleitorado de direita com Pablo Marçal (PRTB), pelo apoio de Jair Bolsonaro e pelo voto do eleitor da periferia. Quem esteve ao lado de Nunes, à frente das estratégias para lidar com todos esses desafios, foi o governador Tarcísio de Freitas.
Nos últimos dias, Nunes fez questão de agradecer o apoio em todas as agendas. Em uma das falas, disse que o apoio de Tarcísio foi fundamental quando a pesquisa indicava queda, no dia 30 de agosto, e ele mergulhou na campanha.