A fundação Hemocentro de Ribeirão e o Centro de Terapia Celular da USP iniciam nesta sexta-feira (15), um estudo clínico contra o câncer de sangue.
Uma terapia inovadora contra o câncer de sangue, pode ser uma saída para quem descobriu a doença e não respondeu aos tratamentos convencionais. A fundação Hemocentro de Ribeirão e o Centro de Terapia Celular da USP iniciam nesta sexta-feira, um estudo clínico, inicialmente com quatro pacientes que lutam contra leucemia linfoide aguda de células B ou o linfoma não Hodgkin de células B.
Os pacientes que não responderam ao tratamento convencional, vão receber o tratamento de células CAR-T durante um período de 15 a 30 dias.
Ao todo, 82 pacientes serão selecionados para participar desta iniciativa com cinco hospitais, o Hospital das Clínicas, o Beneficência Portuguesa e o Sírio Libanês na Capital Paulista, o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e o Hospital das Clínicas de Campinas, como explica o Rodrigo Calado que é coordenador da pesquisa e diretor do Hemocentro de Ribeirão Preto .
“Pacientes vão ser selecionados para essa fase, que é o estudo clínico, que foi aprovado pela Anvisa com o objetivo de obter o registro junto à Anvisa para que esse tratamento seja posteriormente disponibilizado para a população por meio do SUS.”
O tratamento envolve a retirada de glóbulos brancos que são as células de defesa do organismo do paciente, por meio da coleta de sangue pela veia. Conhecidos como linfócitos, eles são reprogramados geneticamente em laboratório para reconhecer e combater as células doentes, no caso a leucemia e o linfoma.
Os testes clínicos devem durar um ano, mas todos os pacientes serão acompanhados pelos próximos cinco anos. Depois dos testes, os resultados serão encaminhados para a Anvisa.
A triagem é feita exclusivamente por meio do médico do paciente. O profissional pode entrar em contato pelo e-mail: terapia@hemocentro.fmrp.usp.br .
Até o momento, 20 pacientes foram tratados de forma individualizada e experimental com a terapia de células CAR-T, sendo que 14 deles continuam bem, de acordo com os médicos. Todos eram casos graves para os quais não havia mais opção terapêutica.