O líder da oposição russa preso, Alexey Navalny, que morreu nesta sexta-feira (16), adoeceu gravemente em agosto de 2020, durante um voo de volta a Moscou vindo da cidade siberiana de Tomsk.
O piloto fez um pouso de emergência em Omsk, onde Navalny foi levado ao hospital para um tratamento urgente antes de ser transferido para a Alemanha, ainda gravemente doente.
O governo alemão disse que Navalny foi envenenado com um agente químico nervoso chamado Novichok, conclusão que foi posteriormente apoiada por outros dois laboratórios na França e na Suécia.
Os agentes Novichok são altamente incomuns, tanto que poucos cientistas fora da Rússia têm alguma experiência real em lidar com eles.
Uma investigação subsequente da CNN descobriu que uma equipe de elite do serviço de segurança FSB da Rússia, composta por cerca de seis a 10 agentes, perseguiu Navalny durante mais de três anos.
Um desses agentes revelou em uma armação que o agente nervoso letal Novichok tinha sido plantado nas cuecas do ativista russo.
Apesar destas revelações, Navalny disse não acreditar que haveria uma investigação na Rússia.
“Tornou-se tão óbvio que foi Putin quem esteve por trás disto pessoalmente”, disse ele.
No entanto, uma vez recuperado, o ativista anunciou o seu plano de voltar à Rússia, dizendo: “Nunca me questionei se devia voltar ou não, nunca.”
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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