O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não pretende conversar com Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB que ficou fora do segundo turno das eleições paulistas. Bolsonaro falou com a imprensa após a apuração dos votos. A entrevista foi dada na casa dele, no Rio de Janeiro. Bolsonaro disse que ficou decepcionado com atitudes anteriores de Marçal. O ex-presidente comparou a relação com um casamento e disse que após o desentendimento não teria mais volta.
Não pretendo conversar com ele, não pretendo, porque é igual um casamento. Quando começa um dos lados pisando a bola, não dá, você pode até perdoar, mas não conserta mais”.
Bolsonaro avaliou que a direita saiu forte das eleições municipais de 2024 e disse que vai viajar para pelo menos nove capitais onde tem aliados no segundo turno. Em São Paulo, o apoio ao candidato Ricardo Nunes continua, mas ele disse que não deve marcar uma forte presença na capital paulista. Bolsonaro acredita que, em São Paulo, a situação está mais controlada e a espera que os eleitores que votaram Pablo Marçal acabem votando em Ricardo Nunes de uma forma natural.
Sobre os planos para 2026, Bolsonaro afirmou que “inelegibilidade é coisa séria” e disse que os dois processos que o consideraram inelegível são injustos e que, no momento, certo vai recorrer pra tentar reverter essa situação.
Também sobre as próximas eleições, Bolsonaro disse que a meta do PL é fazer no mínimo 20 senadores e que o partido vai lançar um candidato por estado para o cargo.
Bolsonaro acompanhou a apuração dos votos na casa dele, no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ele estava ao lado do filho Carlos Bolsonaro e do candidato à prefeitura do Rio Alexandre Ramagem, que perdeu em primeiro turno para o atual prefeito do Rio, Eduardo Paes, do PSD.
Ao falar sobre o tema, Ramagem disse que ficou feliz com o resultado, alcançando 30% dos votos, mas atribuiu a ausência de um segundo turno ao desempenho de outros candidatos.
“Nós estamos muito satisfeitos e felizes com o nosso desempenho. A gente acabou demonstrando uma surpresa, como eu falei hoje mais cedo, até para as pesquisas. O questionamento que fica é que a esquerda que se colocou para trabalhar nas eleições não teve atuação. O terceiro lugar do PSOL a prefeito teve menos votos do que o primeiro lugar a vereador, aqui no nosso Carlos Bolsonaro, que teve 130 mil votos para a vereador do Rio de Janeiro”.
No Rio, o filho de Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, foi um dos vereadores mais votados do país, com mais de 130 mil votos.