Kim Ki Nam, um dos funcionários norte-coreanos mais antigos que serviu todas as três gerações de seus líderes, consolidando sua legitimidade política e liderando o aparato de propaganda do estado dinástico, morreu, informou a mídia oficial nesta quarta-feira (8).
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, visitou o esquife de Kim às 2h da manhã desta quarta-feira para prestar homenagem “com amarga dor pela perda de um revolucionário veterano que permaneceu infinitamente leal” ao país até o fim, disse.
Kim morreu na terça-feira (7) aos 94 anos, informou a agência de notícias oficial KCNA.
Ele fazia parte de um grupo central de funcionários leais que trabalharam para sustentar as três gerações de Kim, solidificando a sua legitimidade e carregando a linhagem sanguínea de um líder revolucionário que fundou o estado em 1945.
“Ele se dedicou a apoiar a jornada vitoriosa de construção de um poderoso país socialista, mantendo a poderosa ofensiva e o novo desenvolvimento na nova era em todas as esferas do trabalho ideológico do Partido”, disse a KCNA.
Kim é um dos poucos responsáveis norte-coreanos que visitou o Sul, liderando uma delegação fúnebre em 2009, após a morte do Presidente Kim Dae-jung, que abriu uma era de reconciliação com Pyongyang com a sua “Política do Sol”.
Ele passou para a vanguarda da máquina de propaganda do Norte, tornando-se seu vice-chefe em 1966 e depois chefe em 1985, durante o governo do fundador do estado, Kim Il Sung, segundo dados do governo sul-coreano. Ele se aposentou em 2017.
Kim exerceu uma enorme influência na política e no pessoal e foi um dos principais arquitectos da fundação política do Partido dos Trabalhadores no poder, de acordo com o especialista em Coreia do Norte Michael Madden, do Stimson Center.
Ele era particularmente próximo de Kim Jong-il, pai do atual líder que morreu em 2011, e era considerado seu “companheiro de bebida”, disse Madden citando fontes.
Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.
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