O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, disse hoje que as Forças Armadas dão “lealdade absoluta e apoio incondicional” ao presidente Nicolás Maduro, em meio a protestos contra a questionada reeleição dele. Segundo o ministro, as Forças Armadas são a base de apoio de Maduro.
O presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Jorge Rodriguez, pediu a prisão do candidato Edmundo González e de María Corina Machado.
Por outro lado, González disse que as Forças Armadas devem respeitar a “vontade popular” e deixar de reprimir protestos.
A Reuters informou que a sede do governo está tomada de manifestantes gritando “liberdade , liberdade “, e “vai cair, vai cair, este governo vai cair”
Outros estados da Venezuela também registram manifestações contra a reeleição de Maduro. Manifestantes utilizam bandeiras, panelas e instrumentos de percussão para acompanhar os gritos de protesto.
Os atos contra a reeleição de Nicolás Maduro deixaram pelo menos seis pessoas mortas e 132 detidas. A informação foi divulgada pela ONG Foro Penal.
O Governo da Venezuela não confirma, ainda, mortes nas manifestações. Mas, informou que deteve mais de 700 pessoas durante o protesto. Ao todo, 48 militares e policiais ficaram feridos.
A repressão também ocorre com opositores políticos. O coordenador político nacional do partido Vontade Popular, Freddy Superlano, foi detido nesta terça-feira pelas autoridades do país. O partido também alertou para uma “escalada repressiva” em meio a protestos contra o regime.
O que dizem as autoridades internacionais?
Autoridades de todo o mundo aumentaram a pressão sobre o Conselho Nacional Eleitoral do país para que publique as atas eleitorais que mostram os resultados por mesa de votação
A Organização dos Estados Americanos informou nesta terça-feira que não reconhece o resultado das eleições anunciado pela Justiça Eleitoral da Venezuela.
O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, disse em um comunicado que está extremamente preocupado com relatos de uso desproporcional de força por parte de autoridades policiais da Venezuela contra manifestantes.
A Casa Branca, em comunicado oficial divulgado há pouco, chamou a violenta repressão aos protestos de ‘inaceitável’.
Os Estados Unidos também estão considerando novas sanções à Venezuela se o presidente Nicolás Maduro não cumprir as exigências por maior transparência na contagem de votos.
As opções podem incluir sanções individuais ou proibições de viagens dos Estados Unidos a autoridades venezuelanas, incluindo aquelas ligadas à eleição. As medidas podem mais tarde escalar para outros tipos de sanções se forem consideradas necessárias. A informação foi divulgada pela Reuters.