O Ministério da Saúde autorizou a liberação de mais de 17 milhões de reais para a compra de um medicamento para o tratamento de um menino de cinco anos diagnosticado com a Distrofia Muscular de Duchenne. O remédio é o “Elevidys”.
A medida atende a uma determinação da Justiça para que a União forneça a medicação ao menino à criança.
Em uma decisão de fevereiro deste ano, a Justiça tinha determinado que o Governo Federal fizesse o pagamento do remédio. Este medicamento, ainda em fase experimental de estudos nos Estados Unidos, só pode ser aplicado até a criança completar seis anos. Um pedido da medicação já havia sido negado judicialmente. Na antiga decisão, a juíza alegou que o medicamento ainda não tem eficácia comprovada.
Conforme a família, com a ordem da compra emitida, a expectativa agora é que o medicamento possa ser aplicado na criança no Brasil, já que o Elevidys só existe nos Estados Unidos e consiste em uma terapia genética de única dose. O medicamento foi aprovado pela agência reguladora americana, em junho de 2023.
Esse medicamento consiste em retirar o RNA de um vírus e, no lugar, colocar um material genético diferente, que produz a proteína que o corpo do menino não produz e, por isso, causa a doença.
Previsão da família é que o medicamento seja aplicado nos próximos meses — Foto: Divulgação redes sociais
O pai de Enrico, Eric Cavalcanti contou que vive uma corrida contra o tempo para que a doença não piore e o filho perca alguns movimentos.
Desde o ano passado, o caso de Enrico é compartilhado pelas redes sociais. Uma vaquinha on-line foi criada para arrecadar recursos para a compra do medicamento.
Entenda a doença
A distrofia de Enrico é uma doença genética e rara que atinge em torno de 1 a cada 3 mil nascidos vivos e ocorre predominantemente em meninos. A doença não tem cura. No Brasil, os médicos recomendam um protocolo de terapia paliativo, com o uso de medicamentos como corticoides e esteroides.