O ministério da Justiça e Segurança Pública atualizou nesta quinta-feira (19), o aplicativo Celular Seguro, permitindo que usuários bloqueiem parcialmente os aparelhos, na nova modalidade chamada Modo Recuperação. A função é voltada para o bloqueio da linha telefônica e aplicativos bancários, além de senhas vinculadas ao aparelho. Essa atualização permitirá que, em casos de roubo ou furto, o celular continue ativo na rede de telefonia, facilitando o rastreamento pela polícia, e a possível recuperação do aparelho.
O bloqueio parcial é uma alternativa ao bloqueio geral, que já era adotado, mas impossibilitava o rastreamento do aparelho. Nessa nova modalidade, o IMEI – que é o número de identificação do celular – permanece inalterado, permitindo que o celular se conecte à rede de telefonia, sem que o usuário precise abrir mão da segurança dos aplicativos.
Até o momento, 11 estados estão conveniados ao programa, mas as funcionalidades da plataforma podem ser acessadas por todo Brasil, em qualquer estado. Assim que baixar gratuitamente o app, o usuário pode colocar as informações e selecionar o modo de recuperação do aparelho, como vermelho – para total bloqueio, ou laranja- modo recuperação.
Ou seja, com a atualização, quando o celular roubado receber um chip novo ou uma nova linha for habilitada, um alerta será emitido na tela do aparelho. O informe diz que se trata de celular roubado ou furtado. O ministério da Justiça vai notificar a polícia civil, que então, envia uma mensagem ao número cadastrado com uma intimação. Se a pessoa que estiver com o aparelho não apresentar uma nota fiscal, deverá entregar o celular.
De acordo com o diretor de programas do ministério da Justiça e Segurança Pública, André Leite, esse sinal serve para que um comprador desavisado entregue o aparelho em uma delegacia.
Nos próximos 90 dias, o Ministério da Justiça promete lançar novas funcionalidades no programa, como a possibilidade de consultar a lista de aparelhos com restrição. Isso poderá evitar que pessoas comprem celulares furtados ou roubados. A ideia é que as novidades estejam disponíveis até o carnaval, período em que o crime aumenta no país.