De acordo com relatório da PF, ponderou-se a possibilidade de que Laerte poderia ter superdimensionado, sobrevalorizado, ou até mesmo inventado informações para prestar contas dessa atuação dele como infiltrado.
Ronnie Lessa, no acordo de colaboração premiada, narrou que Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, a partir de dado momento, passou a ser mais específico sobre os obstáculos que a vereadora Marielle Franco, na época, poderia representar à milícia.
Ele se refere a algumas reuniões que ela teria tido com lideranças comunitárias na zona oeste do Rio, para tratar de questões relativas a loteamentos de milícia. Esse seria apenas um exemplo, dado ali por Brazão, tendo em vista os riscos da atuação de Marielle.
Ronnie Lessa também mencionou que, por conta de alguma animosidade, haveria um interesse especial da vereadora em efetuar esse combate nas áreas de influência dos Brazão. E esse dado chegou a Domingos Brazão, justamente pelo infiltrado Laerte Silva de Lima. Nesse momento, de acordo com o relatório, ponderou-se a possibilidade de que Laerte poderia ter superdimensionado, sobrevalorizado, ou até mesmo inventado informações para prestar contas dessa atuação dele como infiltrado.
Então, levado informações não necessariamente verdadeiras aos irmãos Brazão, nas palavras de Ronnie Lessa, ele poderia ter enfeitado o pavão, levando, então, os irmãos Brazão a um superdimensionamento das ações de Marielle, e isso ter colaborado para essa motivação do assassinato da vereadora.